São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996
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Invasão da CSN em 88 teve três mortos

Exército desocupou local; 50 ficaram feridos

DO BANCO DE DADOS

A invasão da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) por metalúrgicos, em novembro de 1988, resultou num dos mais violentos conflitos entre grevistas e militares.
No dia 7, os metalúrgicos decidiram pela invasão, que durou três dias. No dia seguinte, à noite, o Exército entrou na siderúrgica.
Três trabalhadores foram mortos e cerca de 50 ficaram feridos -nem todos com registro nos hospitais onde foram atendidos. A greve terminou no dia 24.
Em 3 de maio do ano passado, foi decretada uma greve nacional dos petroleiros.
A paralisação durou cerca de um mês e só terminou depois da entrada de tropas do Exército em quatro refinarias (Paulínia, São José dos Campos, Mauá -em São Paulo- e Araucária, no Paraná).
A refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, foi ocupada por cerca de 500 grevistas durante 24 dias. Foi a mais longa greve desde a sua inauguração, há 40 anos. A refinaria possui cerca de 1.500 funcionários.
Em Mataripe, na Bahia, a refinaria Landulfo Alves foi ocupada por 1.500 dos seus 8.000 funcionários, segundo o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), e mil, segundo a assessoria de comunicação da refinaria.
A ação do Exército foi determinada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao todo, 1.600 soldados ocuparam as refinarias. Segundo a direção da Petrobrás, nos dias de greve não foram processados 5,7 milhões de barris de petróleo.
Em novembro de 90, a Companhia Siderúrgica Paulista foi ocupada por 10 mil dos 15,5 mil funcionários, segundo a empresa. Para o sindicato, 14 mil funcionários aderiram.

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