São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996
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Diminui número de assassinatos em SP

ANDRÉ LOZANO

da Reportagem Local Estatística divulgada ontem pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mostra que caiu o número de homicídios registrados no mês passado na região metropolitana, que a quantidade dos bairros considerados mais violentos na zona sul de São Paulo diminuiu, mas que aumentaram os locais críticos na zona leste.
O número de assassinatos somado este ano em abril foi 10,9% menor em comparação com março último, que registrou o recorde histórico de 719 casos. No mês passado, a Secretaria da Segurança contabilizou 640 homicídios.
Em abril, a média diária de homicídios na Grande São Paulo foi de 21,3. No mês anterior, 23,1. O recorde histórico dessa média ocorreu em fevereiro -24,13 por dia ou um caso por hora.
Segundo os dados da secretaria, a quantidade de bairros considerados mais críticos em violência (que somam entre seis e nove ou acima de 12 homicídios por mês) na zona sul baixou de dez, em abril de 1995, para oito, no mês passado (leia quadro acima).
No entanto, na zona leste a situação foi inversa. Em abril de 95, quatro bairros estavam entre os mais críticos da região. Já em abril último, o número de bairros muito violentos subiu para cinco.
Na zona sul, os únicos bairros que ainda mantêm média superior a 12 homicídios ao mês são Jardim Míriam, sob responsabilidade do 98º DP, e o Capão Redondo, na área do 47º DP.
Na região leste, o bairro mais crítico de acordo com o último levantamento da Secretaria de Segurança é Itaquera, na área do 32º DP.

Secretário
O secretário em exercício da Segurança Pública, Luiz Antonio Alves de Souza, condicionou a diminuição do número de bairros violentos, na região sul, no mês passado, à implantação, nesse mesmo período, do Pisc (Programa Integrado de Segurança Comunitária), na região.
Este programa prevê o deslocamento de policiais, a compra de novos carros de polícia, a vistoria de estabelecimentos comerciais, a captura de presos fugitivos e o desarmamento da população.
O secretário justificou, entretanto, o aumento dos bairros violentos na zona leste dizendo que, nessa região, "o Pisc não teve tempo suficiente para ser implantado porque começou nos últimos dez dias de abril."
"Não houve tempo hábil para que a violência fosse contida. Se o número de bairros violentos não diminuir nos próximos meses na zona leste, então, precisaremos pensar em mais um reforço policial na região", disse Souza.

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