São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996
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REPERCUSSÃO

Rogério Sganzerla, 48, cineasta- "Acredito que o desabafo seja uma terapia, como um fator traquilizador e eficaz para melhorar o auto-controle do paciente. Se a gente guarda ou introjeta os problemas, eles tendem a crescer. A catarse conquista novos espaços-tempos e elimina o medo. É isso que desejo a ele, que seja decidido como sempre tentou ser, sem nenhuma auto-piedade. Louvo a iniciativa de botar para fora erros e acertos de um ensaísta."

André Klotzel, 41, cineasta - "Ele é importantíssimo para o cinema brasileiro, como crítico e pensador, uma pessoa rica em pontos de vista e idéias. Fico curioso para ler o que ele escreveu. Só a pessoa dele já é suficiente para despertar interesse, independentemente do tema do livro."

Vitor Angelo, 28, cineasta - "Ele é um dos maiores pensadores de cinema e de cultura no Brasil. Como todos os pensadores, tem uma coisa ambígua, de autoritarismo e generosidade. Mostrou sua generosidade ao fazer um depoimento para o meu curta 'Disseram Que Voltei Americanizado', ainda em 92, já falando sobre a doença -mesmo sem acreditar no tipo de projeto que eu estava fazendo. Ele sempre esteve na contramão. Nos anos 60, dizia que o Cinema Novo era coisa de classe média. O que eu mais admiro nele é a capacidade de provocar as pessoas. Ele representa uma cultura de enfrentamento, e esse é um livro de enfrentamento. Lançá-lo é um gesto que condiz com o seu percurso."

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