São Paulo, sexta-feira, 10 de maio de 1996 |
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Mudança histórica; Sem pressão; Policiamento integrado; Retrocesso; Crime; Correção Mudança histórica "O editorial 'Ensino ruim e elitista', bem como a série de reportagens sobre a dívida social, em especial nas áreas da educação, saúde, saneamento e habitação, colocam esta Folha em consonância com as necessidades de mudança histórica que a sociedade exige para o país neste momento. Para avançar na discussão, proporia que esta Folha incluísse como ponto de pauta uma profunda investigação jornalística sobre a qualidade de ensino proporcionada pelas universidades privadas de nível superior." Mauro Bragato, deputado estadual pelo PSDB (São Paulo, SP) * "Oportuno e de excelente qualidade o editorial 'Ensino ruim e elitista'; carece porém, por parte desta Folha, o cuidado de não justificar a péssima qualidade do ensino de primeiro e segundo graus pondo em xeque o ensino de terceiro grau. Nossos legisladores estão procurando um álibi. Não seria o caso de o poder público pensar a educação como prioridade, já?" Gerino Xavier Filho (Recife, PE) Sem pressão "Quero fazer uma correção sobre a nota 'BNDES quis rever valor' (9/5). A notícia é falsa, baseada em declaração mentirosa do sr. Antoninho Trevisan. O BNDES nunca pressionou nem a Trevisan nem qualquer outro consultor para baixar preço de qualquer empresa incluída no PND. Os consultores têm autonomia e determinam o preço de forma independente. O BNDES apenas gerencia o processo de avaliação e discute as hipóteses feitas pelos consultores. O preço sugerido pelos consultores é então submetido aos ministros (CND) e fixado, caso aprovado. Não há hipótese de baixar esse preço fixado. O processo de privatização brasileiro é o mais transparente do mundo e a exigência de avaliações independentes é crucial para isso." Elena Landau, diretora do BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Rio de Janeiro, RJ) Policiamento integrado "No dia 20/4 a Folha divulgou: 'Plano para a zona leste não inclui PMs'. A informação está incorreta. Como o próprio nome do programa inaugurado diz, é realizado um 'policiamento integrado'. O Pisc-zona leste não terá acréscimo de policiais militares, pois essa é a região da capital que conta com o maior número de policiais militares, mas há uma reorientação na ação policial para os distritos com maiores índices de criminalidade. Tanto que 30 carros policiais foram entregues à PM. Portanto, está prevista a inclusão de PMs no Pisc-zona leste, ao contrário do que afirmou a reportagem." Luiz Antonio Alves de Souza, secretário-interino da Segurança Pública (São Paulo, SP) Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo. Retrocesso "A manifestação elogiosa do presidente do Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de São Paulo sobre o posicionamento da Folha quanto ao álcool carburante, publicada na edição de 7/5, é, desgraçadamente, uma amostra de gratidão do poder dominante. Na verdade, a Folha realmente vinha desenvolvendo um trabalho sério de bem informar aos seus leitores sobre a questão do álcool, por meio de reportagens do competente jornalista Márcio Morais. Foi a excelente reportagem publicada na Folha de 12/4, de autoria do jornalista Márcio Morais, que obrigou o governo a refugar a pronta decisão de aumentar o preço do álcool em 10%. E mais, outras reportagens e artigos publicados pela Folha alertaram para o perigo de uma explosão inflacionária. Os usineiros, sentindo-se ameaçados, difundiram na mídia a idéia de que o aumento visava recuperar um programa estratégico. Lamentavelmente, a Folha deu uma guinada de 180° e também curvou-se diante do poder dominante. O jornalista Márcio Morais parou de cobrir o assunto álcool e a Folha passou a publicar apenas artigos defendendo os usineiros. Tivemos três artigos rejeitados pela Folha, onde buscávamos esclarecer a verdade sobre um estudo da própria Cetesb. Os resultados dessa postura da imprensa já são sentidos. A Fipe apontou IPC de 1,62% em abril. Ou seja, uma inflação 704% maior que a de março, de 0,23%. O governo prepara-se para criar um imposto ecológico a favor dos usineiros. E mais, sentindo a imprensa fraca, agora cúmplice da explosão inflacionária provocada pelo aumento de 10% no preço do álcool, o poder dominante ameaça a imprensa com uma lei de imprensa. Isto é, ou a imprensa se curva ou será aniquilada. Finalmente, a Aepet lamenta esse retrocesso e espera que o jornalista Márcio de Morais tenha apenas sido afastado do assunto álcool." José Conrado de Souza, diretor da Aepet -Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Rio de Janeiro, RJ) Nota da Redação - A Folha adota, neste e em todos os casos, o procedimento consagrado em seu "Novo Manual da Redação": ouve todos os lados envolvidos na questão. O jornalista Márcio Morais não foi afastado da cobertura. Crime "Quero parabenizar a jornalista Marilene Felinto pelos artigos sobre os problemas que a terceira idade enfrenta, e acrescento que no Brasil é um crime conseguir viver mais de 60 ou 70 anos." Maria A.J. Souza (São Paulo, SP) Correção "Venho solicitar correção da reportagem publicada na Folha de 8 de maio de 1996, pág. 3-2, sob o título 'Cirurgia recupera a sensibilidade do seio'. Durante entrevista concedida ao jornalista Luiz Malavolta fiz questão absoluta de deixar claro que: 1) eu criei a neurorrafia término-lateral; 2) a aplicação dessa neurorrafia em reconstrução de mama para manter a sensibilidade foi introduzida pelo dr. Leo Doncatto." Fausto Viterbo, responsável pela disciplina de cirurgia plástica da Faculdade de Medicina/Botucatu, Unesp -Universidade Estadual Paulista (Botucatu, SP) Texto Anterior: Direitos humanos, segurança e democracia Índice |
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