São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996
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Máquina destrói túnel de fuga

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Um escavadeira entrou ontem de manhã na Casa de Detenção, no Carandiru, e destruiu a metade do túnel que permanecia intacta sob o pátio interno do pavilhão 7.
O trabalho foi feito durante a manhã. Os presos do pavilhão permaneceram trancados em sua celas. Durante os trabalhos, os policiais acharam mais três ventiladores usados no túnel pelos fugitivos.
O túnel tinha cerca de dois metros de profundidade e 60 centímetros de diâmetro. Suas paredes estavam com estacas para impedir desabamentos. Também foram achados pontos de iluminação elétrica, sapatos e roupas dos detentos no local.
"Para nós, é quase certo que o túnel foi feito a partir do interior do presídio", disse o tenente-coronel Antônio Carlos Mariano, comandante do batalhão responsável pela guarda da muralha.
A direção do presídio alega que o túnel começou a ser construído em uma casa do lado de fora da prisão, onde os presos saíram.
"Não havia eletricidade nessa casa, então, ela só pode ter vindo do interior do presídio", afirmou o policial. Segundo ele, só a perícia poderá determinar com certeza de onde partiu o túnel.
O diretor da Detenção, Walter Erwin Hoffgen, 52, afirmou que sempre tenta desarticular os planos de fuga na prisão mantendo desunidas as quadrilhas de ladrões e traficantes presas.
"Mandamos cada um de seus membros para uma penitenciária diferente", afirmou.
(MG)

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