São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996![]() |
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Bomba fere duas mulheres em Correio
PAULO PEIXOTO
A explosão foi por volta das 7h45. Antes de ir ao trabalho, Jaine passou no posto, que ainda estava fechado, e retirou a encomenda porque conhecia a funcionária. Segundo o tenente PM Wanderson Stenner Alves, ela abriu a embalagem, que estava registrada com data do último dia 8, retirou o radiorrelógio da caixa e, quando conectou o aparelho na tomada, ocorreu a explosão. O delegado disse que a bomba tinha alto poder de explosão e que "certamente" foi preparada por um técnico. O impacto da explosão quebrou todos os vidros do posto do Correio, arrebentou cerca de dois metros de azulejos das paredes, destruiu um ventilador e uma pia. Os fragmentos da bomba serão enviados para o Deoesp (Delegacia de Operações Especiais da Polícia Civil), em Belo Horizonte, para serem periciados. A sala do posto do Correio funciona ao lado do posto telefônico e do posto de saúde. Nenhuma das outras salas foi atingida. Jaine e Maria Aparecida foram atendidas pela enfermeira do posto de saúde e logo depois levadas para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Caratinga. Jaine sofreu ferimentos graves por todo o corpo, principalmente rosto e pescoço. Maria Aparecida também sofreu ferimentos graves. Segundo o serviço de informações do hospital, apesar da gravidade dos ferimentos, elas não corriam risco de vida. As duas chegaram conscientes ao hospital. Jaine e Maria Aparecida entraram no bloco cirúrgico às 9h40 e saíram por volta de 16h30. Segundo o médico Alfredo G. Filho, que operou Maria Aparecida, a funcionária do Correio ficou muito machucada e os ferimentos "devem ocasionar algum defeito estético, mas nada no sentido de prejudicar os membros". O médico afirmou que foram retirados fragmentos da bomba da coxa, abdôme, pescoço e rosto de Maria Aparecida. "Foi retirado também um fragmento mínimo em um dos olhos, mas acredito que também não trará problema." G. Filho afirmou que não poderia dar detalhes sobre o caso de Jaine, mas afirmou que os ferimentos da estudante eram mais graves. Além de sofrer ferimentos por todo o corpo, Jaine teve fratura de mandíbula, segundo o médico. Ontem a assessoria do Ministério da Justiça divulgou, em Brasília, uma nota informando que a PF está auxiliando a Polícia Civil de Minas Gerais nas investigações. Texto Anterior: Para secretaria, houve suicídio Próximo Texto: Desfile teria causado briga Índice |
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