São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996 |
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Comércio de São Paulo não pretende reduzir taxa
MARCOS CÉZARI
Segundo a assessoria de imprensa da Associação Comercial, em junho do ano passado já foi feita uma campanha no sentido de estimular os devedores a colocar as prestações em dia. Entre 25 de junho e 25 de julho de 95, foram cancelados 92.555 registros negativos, ou seja, os clientes estavam com prestações atrasadas e voltaram a pagá-las em dia. Para isso, a ACSP incentivou os lojistas a dispensar a cobrança de multa e juros -nos casos em que houve cobrança de multas, elas foram reduzidas. Elvio Aliprandi, presidente da associação, disse, na ocasião, que a campanha apresentou resultados positivos, embora inferiores aos esperados. No momento, a associação não pretende retomar essa iniciativa. Aliprandi entende que hoje o maior responsável pelos atrasos no pagamento dos carnês é o desemprego. Esse fator, aliado aos juros altos, faz com que o endividamento dos consumidores continue alto. Federação O Conselho de Serviços da Federação do Comércio esteve reunido recentemente para tratar da questão das multas. A conclusão foi contra a redução, pois o conselho entende que "as multas são estabelecidas para disciplinar as relações de compra e venda". Reduzir demais as multas poderia causar efeito contrário ao desejado, ou seja, um percentual baixo poderia desestimular os pagamentos em dia. O setor mais prejudicado seria o imobiliário, que já enfrenta alta inadimplência por parte dos mutuários da casa própria. O comércio de Florianópolis (SC) foi o primeiro a reduzir o valor da multa cobrada no atraso do crediário. A redução foi de 10% para 2% -a mesma adotada ontem pelo comércio do Rio de Janeiro. O objetivo da medida é fazer com que os consumidores em atraso coloquem em dia o pagamento das prestações. Texto Anterior: Lojas do Rio cobrarão 2% por atraso Próximo Texto: Multa é para inibir, dizem advogados Índice |
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