São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996
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Santos poderá passar a noite com o Palmeiras

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o Palmeiras, finalmente, perdeu. Bom para todo mundo, inclusive para ele, Palmeiras.
Wanderley Luxemburgo sempre disse que é na derrota que se conhece um grande time. É uma tese que o Araçatuba, o vice-líder, testará.
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O Santos está com a bola da vez. Se ganhar hoje do América, passa o sábado à noite juntinho com o Palmeiras.
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Todo mundo dizia que não iria dar certo, que era absurdo jogar uma Copa nos EUA, um país sem tradição no esporte.
Pois bem, a Copa dos EUA foi um sucesso de bilheteria. E, agora, o campeonato de "soccer" leva mais gente aos estádios do que os torneios brasileiros.
É cedo para prever o futuro do fut na terra dos bravos, mas que a coisa tá bonita, tá.
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Elogiei que elogiei o Marcelinho pelo gol de falta contra o Palmeiras, e esqueci da sua entrada violenta no Junior.
O Armando Nogueira, no seu programa do Sportv, traz de volta o assunto e eu me lembro que não disse o que queria dizer.
É o seguinte: por aquele lance de luta marcial, o Marcelinho deveria ficar um mês sem poder jogar bola.
E, como penitência adicional, orar todos os dias pela paz irmãos no futebol.
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Sorte tenho eu, com um, literalmente, fraterno crítico desta coluna. O arquiteto Marcelo Suzuki lembra que clamor foi trocado por calor no hino do Bahia, na coluna da quinta, quando comentei o ótimo CD com os hinos dos clubes, lançado pela revista "Placar".
Logo no hino do Bahia, que eu adoro. Ele também corrige um lapso vergonhoso. Atribui ao Lalau o que é de Assis de Valente. Para você ver que felicidade é mesmo brinquedo que não se tem.
E também para o horror do mestre Helena, que, sendo dono de memória prodigiosa e com os arquivos da MPB no coração, jamais daria uma pisada deste porte, aqui nesta zona do agrião em que fazemos a nossa tabelinha.
Marcelo Suzuki acha ainda que quem merece menção por ter dessacralizado os hinos é o maestro Rogério Duprat. Fica aí o registro.
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O santista Laurindo Leal Filho, o Lalo, meu ex-companheiro do time de professores de jornalismo (eta profissãozinha difícil de se ensinar!) na PUC, também diz que a letra do hino do peixe é "jogue onde jogar, és o leão do mar".
Segundo ele, em 55, já se dizia que a "baleia mostrou que é o gigante do mar".
Taí, a baleia é minha contemporânea. Mas, onde andará o leão do mar?
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Não deu para falar na coluna da quinta, mas o que eu acho que falta no CD dos hinos dos times é uma homenagem ao Jorge Ben Jor.
Afinal, ninguém criou tantos cânticos pra galera do futebol quanto ele, o muso da bola.
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Feliz mesmo é o Batigol Batistuta, que virou nome de estrela e vai morar no céu.
Sendo estrela, o Batigol poderia até vir jogar no Botafogo, para o Túlio deixar de ser uma estrela solitária.

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