São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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Empreendedores abandonam emprego em busca de sucesso

Atendimento é a prioridade

ALESSANDRA KIANEK
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Néocles Costa Carvalho Júnior, 29, trabalhava em uma franquia Dunkin'Donuts, como atendente, quando recebeu, em 92, uma proposta para ser gerente da loja do shopping center Iguatemi, em São Paulo.
A proposta incluía ainda participação nos lucros. Na função, descobriu que a melhor maneira de administrar é pensar primeiro no cliente e depois no lucro.
"Há clientes que foram na primeira semana e vão até hoje. Nos momentos difíceis, são eles que mantêm o faturamento", diz Nico, como é conhecido.
Com o sucesso, a empresa lhe ofereceu uma franquia. Conseguiu dinheiro emprestado e abriu sua primeira loja no hipermercado Extra Anhanguera, também em São Paulo.
Segundo Nico, a escolha correta do ponto é importante para o sucesso do negócio. Quanto maior o fluxo de pessoas, maiores são as chances de vender.
Na escolha da franquia, é importante não ter pressa, diz. Deve-se escolher a que oferece uma melhor estrutura ao franqueado. Além disso, é bom procurar pessoas vitoriosas e fracassadas, para avaliar o mercado.
Hoje ele tem um quiosque no shopping West Plaza (SP) e outra loja no Carrefour de Osasco (12 km a oeste de São Paulo).
Hoje seus planos vão mais longe. Ele pretende abrir novos pontos avançados. "Dependendo do ponto, um quiosque pode ter um faturamento maior, com um investimento menor."
Viagens
O contador Ricardo Lidington, 30, deixou o cargo de gerente de banco há um ano para abrir uma franquia em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo).
Pode-se dizer que sua decisão de comprar uma franquia da agência de viagens Flytour foi acertada. Ele atribui o sucesso à "busca de novos caminhos, criatividade e inovação".
Ele optou por investir o seu dinheiro em uma franquia porque, segundo ele, é uma opção mais segura, pois oferece estrutura na disputa pelo mercado.
Mesmo não tendo experiência na área, escolheu a Flytour Viagens e Turismo por acreditar ser um setor que está crescendo.
O primeiro passo que ele deu foi conhecer a Circular de Oferta de Franquia. O segundo foi visitar as lojas franqueadas que já operavam a marca.
Segundo Lidington, a desvantagem de uma franquia é ter de se submeter à padronização.
O sócio de Lidington, Nivaldo Bósio, 30, é membro do Conselho Nacional de Franqueados da FlyTour. "No futuro, as pessoas vão procurar mais qualidade no serviço e não só um bom preço."
Segundo o diretor de marketing da FlyTour, Claudemir Barsalini, 43, que também faz parte da comissão de ética da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o conselho tem o incentivo da empresa e existe para analisar o mercado e promover uma "troca de figurinhas" entre os franqueados.
(AK)

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