| São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996 |
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Franquia expressa é pouco explorada
JENNIFER SKIPP
"O que o sapateiro comum leva até três dias para fazer nós entregamos quase na hora", garante Paulo Mauro, 45, diretor da Heel Sew Quik/Sapataria do Futuro. Com equipamentos norte-americanos e europeus, a Heel Sew Quik pode trocar solas ou saltos entre 15 e 50 minutos. A sapataria também restaura tênis, bolsas e pastas de couro, além de fazer consertos em roupas. Maria Lúcia Zarif Cecílio, 41, é proprietária de duas franquias da Sapataria do Futuro, inauguradas há menos de seis meses. Empolgada com o negócio, Maria Lúcia diz que os clientes aumentam a cada dia com a propaganda boca a boca. "Ninguém tem tempo para deixar o sapato em um dia e voltar no outro." Na área de veículos, existem franquias que podem eliminar em um dia o risquinho do carro. "O cliente entrega o carro de manhã e pega quando sai do trabalho", explica José Carlos Pereira, sócio-diretor da Autoexpress, que cuida da funilaria de automóveis e conserta pára-choques. A Mecânica de Vidros aposta em preços baixos para conquistar o mercado. "Restauramos pára-brisas com trincas e lascas sem trocar o vidro," explica Adriana Ferreira Lima, 30, consultora de franquias da Mecânica. A tendência de tornar os serviços cada vez mais expressos é tão forte que alguns estão procurando a galinha dos ovos de ouro lá fora. "Temos muitos clientes que pedem para encontrarmos no exterior franquias de serviços rápidos", revela André Nudelman, 38, sócio-diretor da Francap. Rodrigo Maldini Pitanguy, 23, trouxe recentemente dos EUA a FastFrame, exclusiva no Brasil no ramo de molduras rápidas. A coragem para inovar deu certo. Pitanguy bateu o recorde de faturamento da FastFrame no primeiro mês -R$ 45 mil. Segundo Marco Pinheiro, 39, diretor da Franchising-In, o mercado de franquias expressas tem um grande potencial, mas ainda é virgem: "No exterior, esses serviços são comuns". O consultor dá ainda uma dica: "Quem fugir do shopping e abrir uma franquia num posto de gasolina tem tudo para se dar bem". Todos os gostos Não há nada como ter o seu próprio negócio. E, para isso, muitas vezes nem é preciso ter experiência em administração. Para Larry King, 58, master-franqueado da Chem-Dry no Brasil, ser um dos mais de 5.000 franqueados da empresa é simples. "Basta uma linha telefônica, um carro tipo furgão e disposição." A Chem-Dry é especializada na limpeza de carpetes e estofamentos. Cada serviço leva duas horas. No ano passado, a pedagoga e dona-de-casa Rute Mantoan, 34, cansou de dar aulas e virou uma franqueada da Chem-Dry. "Estou muito satisfeita. O treinamento é fácil e o negócio está indo bem." Para Paulo Antunes, 26, gerente de franquias da Alphagraphics, o mercado de gráficas rápidas é muito indicado para executivos. "É um negócio ideal para quem tem dinheiro, mas não quer entrar no ramo de fast food." A Vip Express Lavanderia tem uma alternativa para quem não quiser arriscar as economias. "O franqueado toma todas as decisões do negócio, mas não precisa arcar com as despesas de comprar os equipamentos ou o ponto comercial. Nós alugamos tudo para ele", explica Othon Borges Barcellos, 27, diretor. Texto Anterior: Quem está de olho no Brasil Próximo Texto: Conselho dá prêmio para as eficientes Índice |
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