São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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Globalização e franquia

BERNARD JEGER

O Clube de Oficiais Americanos na antiga Saigon (hoje Ho Chi Minh City), durante a Guerra do Vietnã um reduto do "inimigo imperialista", hoje é vizinho de uma superfrequentada sorveteria da rede Baskin-Robbins.
Não muito distante dali, formam-se filas para comprar vinhos da Borgonha em uma das três lojas que a Caves du Val D'Or instalou recentemente no país.
A economia mais fechada do mundo ao longo dos últimos 20 anos já está se rendendo às vantagens do franchising. Muito antes do que se previa, as fronteiras estão desaparecendo.
O fim da divisão do mundo em dois blocos, a revolução trazida pelo microcomputador e as fantásticas possibilidades abertas pela Internet estão eliminando barreiras e encurtado distâncias.
A globalização virou uma realidade, e o sistema de franquias tem muito a ver com isso.
O Vietnã é apenas o exemplo mais recente. No mundo inteiro, o franchising vem se firmando como um poderoso instrumento de estreitamento comercial entre nações com economias em diferentes graus de evolução.
Tudo começou com as franquias norte-americanas que, diante de um mercado cada vez mais competitivo, optaram por cruzar suas fronteiras, levando para outros países seu know-how e conceitos muitas vezes inovadores.
Há muito tempo essa via deixou de ter mão única. Marcas estrangeiras, inclusive brasileiras, também chegam aos EUA e à Europa.
Além de gerar riquezas, as franquias ajudam a disseminar um avançado sistema de gestão empresarial e contribuem para a modernização do varejo.
É esse o importante papel do franchising na era da globalização.

Benard Jeger, 44, é presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

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