São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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País já tem 26.716 unidades franqueadas

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de franquias no país deve crescer entre 15% e 30% neste ano. O faturamento do setor, que foi de US$ 9,87 bilhões em 1995, deve subir na mesma proporção.
As previsões são das duas entidades que acompanham o desempenho do setor no país: a ABF (Associação Brasileira de Franschising) e o Instituto Franschising.
Bernard Jeger, presidente da ABF, afirma que foram abertas 3.598 lojas franqueadas no ano passado, totalizando 26.716 unidades em todo o país. Em relação a 1994, o aumento é de 15,5%.
"As franquias têm crescido, nos últimos oito anos, entre 20% e 30% ao ano. Essa velocidade de crescimento deve ser mantida em 1996, tanto para o número de novas lojas quanto para o faturamento."
Esse ritmo de crescimento, completa Marcelo Cherto, 41, presidente do Instituto Franchising, não é acompanhado pelos demais países. Nos Estados Unidos, berço das franquias, ele calcula que o aumento deva ficar ao redor de 4%.
A explicação é que o mercado brasileiro ainda tem um grande espaço para o desenvolvimento do setor. As áreas de alimentação e serviços são as com melhor potencial de crescimento no país.
No ano passado, havia 251 empresas franqueadoras em alimentação no país, segundo o instituto.
Na área de serviços, o balanço do ano passado apresentava 54 empresas franqueadoras de informática, 19 de limpeza e conservação e 10 de gráficas e sinalização.
"Os franqueados também devem apostar nessas duas áreas, mas fora dos grandes centros urbanos", diz o presidente da ABF.
Dados do Instituto Franchising mostram que 186 empresas desistiram do sistema ou quebraram em 1995, que há 23 segmentos de mercado e 118 ramos de atividades.
A ABF, por sua vez, mostra que o número de empregos gerados cresceu 6,1% em 1995, chegando a 184 mil vagas, contra um crescimento de 21,2% das vendas.
Marcas estrangeiras
O presidente do Instituto Franchising calcula que a proporção de franquias internacionais esteja entre 13% e 15% do número total de franquias presentes no Brasil.
"Nos demais países da América Latina, é muito maior a proporção de franquias estrangeiras."
O motivo é que o mercado brasileiro ficou fechado por muito tempo e, após a abertura da economia, enfrentou problemas relativos à regulamentação do setor.
"Recebemos entre cinco e seis consultas dos EUA por semana, procurando um master-franqueado no Brasil", diz Jeger.
Mas a recíproca ainda está longe de ser verdadeira. Cherto estima que menos de 2% das franquias brasileiras são exportadas para outros países (veja quadro abaixo).

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