São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996 |
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Disputa por clientes deve ficar acirrada
RODNEY VERGILI
O consumidor tem agora maior variedade de oferta de financiamentos, podendo a competição forçar uma queda nos juros. A competição entre o crédito direto ao consumidor (crediário) e o leasing havia sido interrompida em setembro de 1994, com a redução no prazo das financeiras de 12 meses para 6 meses. O leasing permaneceu com prazo mínimo de 24 meses para suas operações. O governo, em fevereiro de 1995, havia proibido o leasing para pessoas físicas, pois temia explosão no consumo com efeitos inflacionários. Manoel de Oliveira Franco, presidente da Acrefi, associação que reúne as financeiras, diz que, na disputa pelo financiamento ao consumidor, as instituições devem oferecer como vantagem a "agilidade" na concessão do crédito. Os juros nas operações de leasing estão variando entre 30% e 35% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Nas operações de leasing atreladas à correção cambial, entre 25% e 30% ao ano. As taxas de juros estão, em média, a 42% ao ano mais Taxa Referencial nas financeiras. Os juros elevados e a preocupação com a inadimplência têm restringido o crescimento dos financiamentos. A atividade de leasing -que havia apresentado recorde histórico de US$ 3,2 bilhões em novas operações no primeiro trimestre de 95- declinou para US$ 1 bilhão na mesma época de 96. Antônio Bornia, presidente da Abel, que reúne as empresas de leasing, acredita que, com otimismo, o setor deve fechar este ano com US$ 8 bilhões em novas operações, contra US$ 8,5 bilhões no ano passado. O desaquecimento do setor deve prosseguir neste primeiro semestre, devendo haver retomada mais significativa nas operações somente no segundo semestre de 96, diz o presidente da Abel. (RV) Texto Anterior: Setor de leasing espera desovar parte dos estoques de veículos Próximo Texto: Bolsa de São Paulo sobe e desce impelida pelo dólar Índice |
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