São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996 |
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Futebol feminino peregrina pelo Brasil
RODRIGO BERTOLOTTO
O itinerário das jogadoras já passou por seis cidades paulistas (Águas de Lindóia, Rio Claro, Capivari, Campinas, Indaiatuba e Monte Alegre do Sul) e uma mineira (Monte Simão). A rota inclui ainda Itaporanga (SP) antes de as jogadoras se tornarem os primeiros membros da delegação olímpica do Brasil a chegar aos EUA, dia 14 de junho. As prefeituras vêm garantindo a hospedagem, alimentação, transporte, além da cessão de campos e piscinas para treinamento. A Sport Promotion, empresa que detém os direitos de transmissões dos jogos do time, calcula em US$ 1 milhão o custo da preparação. As jogadoras acabaram por se adaptar com as andanças. "Em cada cidade, eu arrumo uma paquera nova", diz a lateral-esquerda Fanta, que rompeu um noivado no Rio de Janeiro por falta de tempo para visitar o noivo. A seleção treina desde novembro do ano passado visando a Atlanta. Já passaram seis meses de preparação sobre as ordens do técnico José Duarte (leia texto abaixo). O time teve apenas um mês de descanso -fevereiro- e uma nova folga só acontece antes da viagem ao Estados Unidos. Lá, a delegação se instala em Rapid City, em Dakota do Sul, onde fará sua adaptação ao clima que encontrará em Washington e Birmingham, sedes do grupo do Brasil, Alemanha, Noruega e Japão. O primeiro jogo das brasileiras será no dia 21 de julho contra a campeã mundial, a Noruega. No outro grupo, com sede em Miami e Orlando, jogam EUA, China, Dinamarca e Suécia. Ao contrário do masculino, a competição feminina não tem limite de idade. As federações européias bem que pediram a restrição etária para atletas até 23 anos, mas prevaleceu a vontade dos EUA. O Brasil se favoreceu com isso, já que só duas das titulares da equipe se encaixariam nesse limite: a meio-campista Formiga, 18, e a atacante Pretinha, 20. Texto Anterior: Santos; América Próximo Texto: Bel fica fora da Olimpíada Índice |
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