São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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Construtoras atacam bairro da Saúde

OSCAR RÖCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de terrenos livres para construção faz aumentar o assédio a proprietários de imóveis na Saúde, um dos bairros de maior expansão imobiliária de São Paulo.
Localizado na zona sul paulistana, o bairro vem crescendo muito nos últimos 12 anos. Cada vez mais casas dão lugar a edifícios.
"É uma tendência", afirma Luís Carlos Franchischini, da Geomarket, empresa que faz estudos sobre o mercado imobiliário.
O fotógrafo publicitário Salvador de Rosa Neto, 47, que mora na Saúde há 16 anos, garante que já recebeu três propostas de venda, desde novembro passado. "Por enquanto, só estou escutando."
Ele é dono de uma boa casa de 120 m², em um terreno de 500 m², na rua Visconde de Inhaúma. Ele afirma que lhe ofereceram R$ 180 mil em permuta por imóveis.
"É pouco. Eles querem trocar por apartamentos, geralmente longe daqui. Eu vendo, mas quero um preço justo e em dinheiro."
Casos independentes
Segundo Roque Raimundo de Oliveira, diretor da construtora CBE, cada negociação é um caso independente. "Depende muito do que cada uma das partes quer."
As negociações envolvem permuta por apartamento -geralmente em prédio diferente do que está sendo incorporado- e pagamento em dinheiro. As duas formas podem também ser usadas em um único negócio.
Como o que as construtoras querem é o terreno, o que está em cima dele fica em segundo plano. O imóvel do terreno não altera o valor a ser pago pelo terreno.
Mas "comprador e vendedor têm os seus limites", afirma Paulo Roberto Tinelli, diretor da Construtora Di-Francesco & Tinelli.
O preço do metro quadrado para incorporação na Saúde varia de R$ 400 a R$ 600, na Z.2 (zona 2, que permite construir até duas vezes a área do terreno), e de R$ 750 a R$ 1.200, na Z.3 (até quatro vezes).

LEIA MAIS sobre o bairro da Saúde na pág. 7-3

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