São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 1996![]() |
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Rossi ensaia retomada do discurso janista
ANA MARIA MANDIM
Em visita, na sexta-feira, a Presidente Prudente e Presidente Venceslau, no oeste paulista, onde foi apoiar candidatos do PDT, disse que se considera "corpo estranho a esse processo do toma lá, dá cá". As palavras-chave das entrevistas, conversas com correligionários e do discurso que fez foram honestidade, seriedade, mudança. "Quero romper com essa estrutura viciada de poder, quero representar a renovação", afirmou a cerca de 130 pessoas que se reuniram para ouvi-lo e ao seu pré-candidato a vice, Marcos Cintra (PL), no modesto Venceslau Club. No dia 26 se realizará a prévia do PDT para indicar o candidato a prefeito. Rossi será substituído por Barros Munhoz na presidência estadual do partido. Candidato derrotado do PMDB a governador, Munhoz aliou-se a Rossi e é o coordenador-geral da campanha do pedetista. Os principais alvos das críticas de Rossi são o governo federal e o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB). "Os programas de ambos prometiam a geração de empregos, mas o que se vê é a aflição e o desespero crescente de milhões de famílias", afirmou. "O Covas fechou o Estado para balanço por 16 meses e parece que perdeu a chave. Acho que São Paulo ficará fechado por quatro anos." Rossi diz que "execra" programas de governo porque são promessas para enganar o eleitor. "Aqueles programas bonitinhos, coloridos, são esquecidos no fundo da gaveta depois das eleições." Prefere falar dos princípios que nortearão seu governo. Se eleito, estabelecerá metas esboçadas por Cintra, ex-secretário de Planejamento do prefeito Paulo Maluf. Cintra licenciou-se do cargo de vereador para ser o vice de Rossi. Maluf, que o pedetista identifica como futuro aliado, é preservado de críticas. O candidato virtual do PDT aposta em que a eleição ficará polarizada entre ele e a candidata do PT, Luiza Erundina. Por isso, a indicação de Celso Pitta como candidato a prefeito do PPB foi recebida com satisfação por Rossi. "O Pitta vai crescer uns 10% e depois voltará ao patamar em que está", avaliou. Rossi foi procurado por vários fiéis e pastores evangélicos e batistas em Presidente Prudente e Presidente Venceslau. Ele próprio, seguidor da Igreja Evangélica da Vila Iara, de Osasco, quer evitar o rótulo de evangélico, pois também pretende ser votado por "católicos, espíritas, umbandistas e budistas". As jornalistas Ana Maria Mandim e Claudia Guimarães viajaram para Presidente Venceslau e Presidente Prudente a convite da coordenação da campanha do PDT Texto Anterior: Erundina acha 'burrice' propor fim do PAS Próximo Texto: Cabrera tenta coligação com Maluf Índice |
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