São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996 |
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Mercado de máquinas continua atolado
FELIPE MIURA
"O Agrishow foi como um baile de Carnaval e não revelou qualquer tendência", disse Pérsio Pastre, ao apresentar o balanço de vendas de tratores e colheitadeiras durante os quatro primeiros meses do ano (veja texto no Painel Rural, pág. 6-2). O volume de vendas neste período foi 69,29% inferior ao obtido no primeiro quadrimestre de 95. Segundo os números da Anfavea, foram vendidas 4.091 unidades entre janeiro e abril, contra 13.322 unidades no mesmo período do ano passado. "Apesar da alta dos preços dos grãos nesta safra, o mercado de máquinas permanece em declínio desde março de 95 ", disse Pastre. Ele atribui o fraco desempenho às indefinições do crédito rural e da negociação das dívidas. Para Pastre, a securitização das dívidas não existe na prática. Além disto, segundo Pastre, o alto custo do Finame (linha de crédito para aquisição de máquinas) impede a recuperação das vendas. Considerando a correção pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e mais a taxa de 7% ao ano, os financiamentos pelo Finame tem custo anual em torno de 25%, pelos cálculos de Pastre. Para ele, os financiamentos deveriam ser feitos com juros fixos para dar segurança ao produtor. Texto Anterior: Bicho-furão ameaça pomares do interior Próximo Texto: Conab prevê queda menor da safra 96 Índice |
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