São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996 |
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Reduzir custos no café
JOSÉ G. R. DE OLIVEIRA Mais do que nunca, o grande desafio do cafeicultor é colocar em prática todos os meios e recursos possíveis para reduzir custos.Manter lavouras com bons índices de produtividade é muito importante, mas não é suficiente. Além da adoção de tecnologias para melhorar a produtividade, o cafeicultor deve administrar com eficiência a sua propriedade, buscando reduzir os gastos, especialmente com a mão-de-obra. No período entre janeiro de 94 e janeiro deste ano, os insumos registraram, em média, acréscimo de 43%. A mão-de-obra empregada na cafeicultura registrou acréscimo de 158%. Considerando-se apenas os custos diretos, dos gastos na cafeicultura, em média, 43% dizem respeito a insumos e 57% à mão-de-obra. Quando a produtividade da lavoura situa-se em dez sacas/ha, os gastos com insumos representam 25% do total e os gastos com mão-de-obra, 75%. Em geral, dos gastos com mão-de-obra em uma propriedade cafeeira, 65% são representados pelas despesas de colheita. Essa porcentagem poderá ultrapassar 80%, dependendo da remuneração a ser paga aos apanhadores de café nesta colheita. É importante alertar os produtores sobre alguns procedimentos. Não permita que menores de 14 anos trabalhem na colheita. Registre os apanhadores de café e faça contrato de safra quando se tratar de bóias-frias. Não participe de "leilões" na disputa de mão-de-obra. Não estamos aqui pregando a exploração do trabalhador rural pelo cafeicultor. Nosso propósito é alertar o cafeicultor sobre o peso da mão-de-obra, sobretudo na colheita, nos custos de produção do café. Todos nós devemos ter clara consciência da estabilização da economia e pleno conhecimento das despesas que podemos assumir. José Geraldo Rodrigues de Oliveira é superintendente da Cooxupé. Texto Anterior: Conab prevê queda menor da safra 96 Próximo Texto: Árabe do Capim Fino volta à pista em Jaguariúna (SP) Índice |
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