São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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Juiz dá liminar para acusado de abuso

Ginecologista pode voltar a atuar

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ginecologista Vasco Rodrigues da Cunha, 58, está autorizado pela Justiça a retomar provisoriamente a atividade profissional. Ele teve o registro cassado em novembro de 95 sob acusação de abuso sexual.
O juiz-substituto da 6ª Vara Federal de Brasília, Leão Aparecido Alves, concedeu a liminar a Vasco Cunha na sexta-feira passada.
Vasco Rodrigues da Cunha disse ontem à Folha que vai aguardar o julgamento do mérito da ação para voltar a trabalhar como médico. Segundo ele, a cassação do seu registro equivaleria à pena de morte.
A ação movida pelo ginecologista contesta a decisão do CFM (Conselho Federal de Medicina) que o proibiu de continuar exercendo a profissão. Os conselhos Regional e Federal de Medicina vão pedir a suspensão da liminar.
O ginecologista responde a seis processos por abuso sexual e outros dois por imperícia e mercantilismo na atividade profissional.
O CFM decidiu pela cassação de seu registro ao julgar um processo em que o médico foi acusado de abusar sexualmente de duas pacientes menores de idade.
Ontem, o juiz Leão Aparecido Alves recusou-se a explicar os motivos da concessão da liminar.
No pedido de liminar, os advogados de Vasco Rodrigues da Cunha afirmaram não haver provas materiais ou de testemunhas contra o ginecologista. Ele disse ontem à Folha que se considera um "injustiçado".

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