São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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Museu multimídia alegra a vida

MARINA MORAES
ESPECIAL PARA A FOLHA,

Os turistas que vêm a Nova York evitam sair de Manhattan, em parte por conveniência -está tudo ali à mão, teatros, lojas, restaurantes e museus.
Muita gente, no entanto, não tira o pé de Manhattan por falta de informação, acreditando que o que há de interessante na cidade está limitado àquela pequena ilha.
Se o visitante se entusiasmar com a idéia de romper as fronteiras do turismo tradicional, sugiro que comece passeando em direção ao Queens.
Mais especificamente, o bairro grego de Astoria, onde fica o Museu Americano da Imagem em Movimento.
Show multimídia
Reinaugurado recentemente, depois de uma reforma de mais de US$ 3 milhões, esse museu oferece um show para a mente, os olhos e os ouvidos.
Para recontar a história de Hollywood e informar o público sobre os bastidores da televisão, os organizadores da exposição "Atrás da Tela" usaram a mais avançada tecnologia disponível.
Mudança de cenário
Em uma das nove estações de trabalho interativas ali instaladas para mostrar como são produzidos os efeitos especiais de filmes, o público descobre a importância do som ambiente.
É possível mudar totalmente uma cena de "Jurassic Park" (ou de vários outros filmes à disposição), dando a ela um tom de comédia, por exemplo, trocando os grunhidos assustadores de dinossauros por miados de gato.
Mudar as falas dos atores em cenas famosas também é divertido e dá uma idéia de como são feitas as dublagens ou pequenas correções de texto num filme.
O computador dita cada passo do processo, e o visitante, armado de um fone de ouvido e microfone, pode brincar com cenas mostradas em um telão.
Dá para regravar diálogos de clássicos como "My Fair Lady" ou trabalhos recentes -o de Whoopy Goldberg em "Ghost", por exemplo.
A produção de seu próprio livreto de animação é simples e ilustrativa. Basta fazer caretas e gestos em frente a uma câmera de computador.
O resultado são 40 imagens fotografadas e impressas que, quando montadas em sequência, criam a ilusão de expressões em movimento.
Quem fizer a macaquice toda pode apanhar seu livrinho pronto, na hora de ir embora, na loja do museu.
Nos bastidores
Para mostrar o que vai pelos bastidores de um evento esportivo ou um talk show, há diversos monitores exibindo simultaneamente as imagens que o diretor decidiu colocar no ar e as que não foram transmitidas.
Dá para sentir a tensão de uma transmissão ao vivo, ouvindo a voz do diretor distribuindo câmeras, escolhendo imagens e editando a transmissão.
O setor de efeitos especiais mostra em vídeo como foram criados os efeitos de vários filmes. Exemplos: o lançamento da nave em "Apollo 13" e a combinação de imagens de arquivo em "Forrest Gump".
As estações de trabalho da Silicon Graphics, com programas de até US$ 40 mil, permitem que o visitante exercite seus dotes criativos, trabalhando com animações e modelos em terceira dimensão.
Na área chamada "Panning and Scanning", o público redesenha os quadros de um filme, diminuindo ou aumentando a imagem.
Se, por exemplo, a idéia for adaptar a história para a televisão, o enquadramento deve ser menor e pode até excluir alguns personagens da cena.
O Museu da Imagem e Movimento fica na esquina da 35th Avenue e 36th Street. Telefone (001-718) 784-0077.

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