São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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O projeto aprovado na Câmara

Telefonia celular

Como é hoje
Os canais de frequência para telefonia celular estão divididos em duas metades: Banda A e Banda B

As telefônicas existentes ocupam os canais da Banda A e exploram o serviço sob a forma de monopólios regionais

A Banda B ainda não é utilizada. Está reservada para o setor privado

Como fica com o projeto da Câmara
Os departamentos de telefonia celular das subsidiárias da Telebrás serão transformadas em empresas (que poderão ser agrupadas por regiões). A lei autoriza o governo a privatizar essas empressas.

O serviço na Banda B será prestado por empresas privadas, mediante concessão do governo (15 anos, renováveis). As concessões serão vendidas em licitação pública e o dinheiro irá para o Ministério das Comunicações

As licitações serão por região. Haverá um consórcio vencedor por região.

Por três anos, só empresas que tenham pelo menos 51% de suas ações com direito a voto em mãos de brasileiros poderão prestar telefonia celular privada no Brasil. Depois, a participacipação estrangeira será livre

Um órgão regulador independente será criado para regular e fiscalizar o mercado no ambiente de competição

Interessados em disputar o mercado:

Cosórcios já formados
1. Organizaçõs Globo/Bradesco/AT&T
2. Andrade Gutierrez Telecomunicações/U.S.West
3. Stelar Telecom (Odebrecht)/Unibanco/Folha da Manhã/AirTouch
4. Arbi/Rede Brasil Sul (RBS)/BellSouth (*)
5. Safra/Oesp/RBS/BellSouth
6. Itatel (Grupo Itamarati)/Splice do Brasil/GTE
7. Coesn/Grendene/Brasilinvest/Banco Cidade/Editora Três/IAT-Comércio Exterior/Grupo Espírito Santo/Nynex
8. Banco Rural/Millicon (**)
* Consórcio específico para RS e SC
** Consórcio específico para MG

Potencial do mercado de telefonia celular:
Número atual de assinantes: 1,5 milhão
8,2 milhões de assinantes até 1998
17,2 milhões de assinantes até 2003
Fonte: Ministério das Comunicações e Telebrás

Satélites
Como é hoje:

A Embratel detém monopólio do serviço de transmissão de sinais de telecomunicação por satélite

O que muda com a nova lei

Monopólio da Embratel será mantido até 31 de dezembro de 1997

Empresas com controle nacional poderão lançar satélites próprios e competir com a Embratel a partir de 1998. Três anos depois da promulgação, será livre a participação estrangeiras

Satélites estrangeiros poderão prestar serviços não oferecidos pela Embratel logo após a promulgação da lei

Grupos interessados
Consórcios já formados

Consórcio Class: Organizações Globo/Odebrecht/Monteiro Aranha/Bradesco/Victori Internacional/Matra Marconi (França)

Localsat: Itatel (grupo Itamarati)/Splice do Brasil

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