São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996 |
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Velho Lobo do fut devolve o tchan do Romário
MATINAS SUZUKI JR.
Adotou o marketing. Se o Romário, o Edmundo e outros podem, por que não ele? Primeiro foi o aviãozinho como comemoração ao gol da vitória contra a África do Sul (a propósito, um gentil leitor informa que quem deve ter começado com as comemorações de aviãozinho foi o Careca, ex-Guarani, ex-São Paulo, ex-seleção, ex-Napoli). Agora temos o tchan, devolvendo o tchan do Romário. O velho Lobo do fut Zagallo passa a sensação de que atravessa uma fase de hiperconfiança no próprio trabalho (e, também, por que não dizer, na própria estrela, uma das estrelas mais protetoras que o futebol conhece). Para peitar, ou melhor, para quadrilizar (se é que o verbo existe) o Romário como ele fez, é necessário uma dose cavalar de segurança no próprio taco. Quem está no comando de uma seleção de futebol brasileira sempre sofrerá pressões e sempre descontentará alguns (quando não, bastantes). Há prós é contras óbvios e ululantes a propósito da convocação do Romário. O velho Lobo aposta no coletivo contra a força indomável de uma individualidade. No seu caso, pelo menos, a história terá a chance de dizer, em breve, se foi uma atitude correta ou não. * Parecendo até um gesto de "me chama, me chama" para o Lobão, não aquele dos Ronaldos, mas o da seleção, o Luizão voltou a marcar gols nos últimos jogos do Palmeiras. Não só a marcar, como também a jogar bem, no estilo agressivo e objetivo que o caracteriza. Nos dois primeiros gols no passeio das palmeiras pelas belíssimas araucárias, ele mostrou porque é, hoje, o melhor finalizador do fut brasileiro. * O diabo é que o Palmeira tem que matar um leão a cada 48 horas. Volta hoje a campo para tentar definir o Paulista. * O Guarani foi a pedra na chuteira do Palmeiras. E, hoje, contra o desfalcado Santos? * Três técnicos, três destinos. Lazaroni inventou a agenda da marcação à européia para o futebol brasileiro. Uma agenda, em parte, correta, mas que se esquecia da tradição ofensiva do futebol brasileiro. Lazaroni nunca conseguiu se firmar em clubes brasileiros, após a Copa da Itália. Seu sucessor, Carlos Alberto Parreira, aprimorou a agenda Lazaroni e, graças a isto e a uma série de circunstâncias, ganhou uma Copa. Pensava-se que seu 4-4-2 ortodoxíssimo viraria hegemônico depois da Copa e ele foi morto e sepultado. Parreira também não fez grande sucesso como técnico de clubes depois da Copa. Está cotado para substituir Telê, que montou uma bela seleção, perdeu a Copa, mas é um vencedor em clubes. O Parreira vem? Então tá. Texto Anterior: Portuguesa pode ter 2 desfalques no domingo; Gregos são suspensos de competições da Fifa; China faz policiamento recorde para amistoso Próximo Texto: Não faliu! Índice |
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