São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 1996 |
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Balança ainda acumula déficit JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA DA REPORTAGEM LOCAL A balança comercial brasileira apresentou no bimestre março/abril um déficit de US$ 267 milhões (quando as importações superam as exportações). No primeiro quadrimestre o saldo negativo foi de US$ 237 milhões.O governo optou por divulgar a soma de março/abril para evitar "distorções" no resultado do mês passado. Em março, problemas técnicos impediram que fossem computadas as exportações nos dois últimos dias úteis. O déficit de US$ 276 milhões acabou sendo menor do que o número que tinha sido "vazado" ao mercado financeiro nos últimos dez dias -de US$ 400 milhões. É menor, mas não necessariamente um bom resultado. O fato é que o déficit na balança comercial está se ampliando quando ainda se têm dúvidas sobre a recuperação econômica. O mercado já prevê déficit no ano da ordem de US$ 2 bilhões. Todos os indicadores de vendas apontam para um crescimento quase sete vezes maior do que o da produção industrial. Essa diferença pode, no limite, colocar o governo contra a parede. Do ponto de vista estritamente técnico, significa que a economia pode crescer muito pouco (caso contrário arrebenta as contas externas). Do ponto de vista político, e é ano eleitoral, significa que, sem um impulso na indústria, o desemprego vai crescer mais ainda. Colaborou a Sucursal de Brasília. Texto Anterior: Governo facilita negócios com dólar Próximo Texto: Resultado no balanço; Efeito extraordinário; Defasagem eliminada; Carro mundial; Primeiros sinais; Excesso de carga; Planos de casamento; Além do leite; Na academia; Numa fria; Avaliação complicada; Diferença maior; Diferença menor; Nota elevada; Santo de casa; Conta a pagar Índice |
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