São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Governistas e aposentados mantiveram seus privilégios

Representantes das duas bancadas decidiram votação na quarta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A aprovação do privilégio dos parlamentares de acumular aposentadoria com o salário contou com votos favoráveis da bancada dos aposentados e de líderes de partidos que apóiam o governo.
Os líderes do PSDB, José Aníbal (SP), do PFL, Inocêncio Oliveira (PE) e do governo, Benito Gama (PFL-BA), votaram pela manutenção do privilégio.
O dispositivo da emenda da reforma da Previdência teve o voto favorável dos deputados aposentados, Euler Ribeiro (PMDB-AM), ex-relator da emenda, e Roberto Campos (PPB-RJ), entre outros.
A deputada Maria da Conceição Tavares (PT-SP), no entanto, votou contra, mesmo com o direito à aposentadoria.
Na bancada do PT, destoou o voto do deputado Nilmário Miranda (MG). Foi o único do partido a votar a favor, segundo a lista oficial da Secretaria da Mesa da Câmara.
O deputado Moreira Franco (PMDB-RJ) propôs um teto salarial de R$ 10.800 para os salários de servidores públicos ativos e inativos no seu projeto de reforma administrativa, mas votou a favor do acúmulo.
O dispositivo que mantêm o privilégio foi o primeiro na retomada das votações do projeto da reforma da Previdência na quarta-feira passada, suspensa há quase dois meses.
Ele permite que parlamentares, governadores e os que ocupam cargos eletivos acumulem a aposentadoria e seus salários.
A emenda prevê o fim do acúmulo de vencimentos e aposentadoria aos servidores públicos.

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