São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Técnicos e moradores discutem alternativas para o Minhocão

JACQUELINE LATTARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A demolição do Minhocão foi uma das propostas levantadas ontem, na Câmara, para melhorar a qualidade de vida dos moradores da região. O debate sobre o Minhocão reuniu moradores, técnicos e prefeitura.
A demolição foi defendida por Roberto Saruê, do movimento Defenda São Paulo e pela professora de sociologia da PUC Maria Margarida Limena.
Outra proposta controversa discutida foi a construção de um muro nas laterais da via para reduzir o nível de ruído, levantada pelo engenheiro Silvio Bistafa, professor da Poli. Emborrachar o piso do elevado também reduziria o barulho, segundo Bistafa.
Contra a liberação
Após o debate, uma comissão de moradores entregou ao vereador José Eduardo Martins Cardozo (PT) um abaixo-assinado contra a liberação do tráfego no Minhocão à noite e nos fins-de-semana.
O prefeito Paulo Maluf pretende liberar o elevado para o tráfego 24 horas. "Não existe justificativa para isso", disse Cardozo.
Segundo João Baring, professor de acústica da FAU/USP e pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o nível de ruído do Minhocão durante o dia chega a 86 decibéis. Após a interdição, um apartamento com a janela aberta registra 67 decibéis.
Cardozo é autor do projeto que proíbe o uso do elevado aos domingos e feriados e das 21h30 às 6h30, de segunda a sábado. A segunda votação do projeto, aprovado por 53 votos a 2 na primeira, deve ocorrer na próxima semana.

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