São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996 |
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Presidente de Taiwan faz desafio à China Lee defende capitalismo DA REDAÇÃO O presidente reeleito de Taiwan, Lee Teng-hui, lançou ontem um novo desafio à China, três dias antes de sua nova posse.Ele disse, em entrevista à emissora de TV paga norte-americana CNN, que Taiwan não vai abrir mão de seu modelo capitalista para buscar a reunificação com a China continental, comunista. Os dois países afirmam querer a reunificação, mas insistem em manter suas políticas. A divisão aconteceu em 1949, quando os comunistas venceram a guerra civil, e os nacionalistas se refugiaram na ilha de Taiwan. Pequim acusa Lee de buscar a independência e, para tentar intimidá-lo, realizou exercícios militares às vésperas da eleição. "Precisamos admitir que a China é uma nação dividida, comandada por duas entidades políticas", disse Lee à CNN. Ele comparou o nacionalismo defendido pelo governo comunista chinês ao regime nazista de Adolf Hitler. O presidente manteve, entretanto, a posição oficial de defender a reunificação chinesa: "Ela vai acontecer. Se não for em minha geração, será na próxima. Por que não? Não podemos simplesmente desistir". Discurso Para o discurso de posse, na segunda-feira, Lee deve voltar a se referir à China continental. Em outra entrevista, ao jornal japonês "Asahi Shinbum", ele disse que vai "enfatizar a importância da democracia e da liberdade" nos dois lados do estreito de Taiwan, uma alusão direta ao regime comunista chinês, que abriu a economia do país desde o final dos anos 70, mas mantém rígido controle sobre a política. Essa deve ser a referência mais direta. O linguista Tu Chang-Sheng, que participou da elaboração do discurso de posse, disse que Lee vai evitar provocar a China diretamente. A posse de segunda-feira será a primeira de um presidente eleito diretamente no país. Texto Anterior: Reféns na Índia morreram, diz rebelde Índice |
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