São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogadores crêem em 'armação'

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FOLHA SUDESTE

Os jogadores do Palmeiras acreditam que a acusação de atentado ao pudor contra o técnico palmeirense, Wanderley Luxemburgo, é uma espécie de "armação".
"As pessoas sempre tentam se aproveitar das pessoas famosas. Acho que esse é o motivo desse caso", disse o zagueiro Cláudio.
Para o goleiro Marcos, esse tipo de queixa é normal com celebridades. "As pessoas públicas estão sujeitas a isso."
A opinião é compartilhada pelo lateral-esquerdo Júnior. "Acho que a manicure quer tirar uma vantagem com essa história."
Wanderley Luxemburgo é acusado de atentado violento ao pudor pela manicure Cláudia Laudineide Machado Cavalcante, 33, da cidade de Campinas.
Ela registrou boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial da cidade, na manhã de quinta-feira.
O suposto assédio sexual teria acontecido na quarta-feira, por volta da 19h30, no quarto 206 do Hotel Vila Rica, onde Luxemburgo estava hospedado.
A delegação do time permaneceu na cidade na quarta e quinta-feira, quando o time jogou em Americana, contra o Rio Branco, à noite.
A manicure disse que foi chamada pela recepcionista do hotel Célia Regina Iecks, para atender um hóspede.
Ela chegou ao hotel por volta das 18h30 e teve que aguardar no saguão durante 20 minutos, até que a delegação retornasse do treino.
Nesse momento, Cláudia foi avisada de que o cliente era Luxemburgo. Depois, subiu para o apartamento dele, onde diz ter sido assediada sexualmente.
Além da ação penal por atentado violento ao pudor, o advogado Manoel Ramos da Silva afirma que deve apresentar uma ação civil por danos morais contra o técnico.
Cláudia ainda vai decidir se entra ou não com pedido de indenização. "Não estou preocupada com dinheiro, só quero evitar que ele faça esse tipo de coisa de novo."
Luxemburgo e a manicure prestaram depoimento na quinta-feira. A recepcionista Célia depôs anteontem e desmentiu a versão de Cláudia.
O advogado de Luxemburgo em Campinas, Artur Eugênio Matias, disse que seu cliente "nega peremptoriamente" a acusação.

Colaborou a Folha Sudeste

Texto Anterior: Marcos estréia no gol do time
Próximo Texto: Vida de técnico é dura
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.