São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996
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Collor não paga os US$ 5 mi da suposta Operação Uruguai

Ex-presidente teria "rolado" a dívida, diz avalista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-presidente Fernando Collor de Mello não pagou o suposto empréstimo de US$ 5 milhões tomado junto à instituição financeira uruguaia Alfa Trading em abril de 1989 -que ficou conhecido como Operação Uruguai.
A dívida venceu no último dia 26. Segundo o deputado distrital Luiz Estevão (PMDB), um dos avalistas do empréstimo, "Collor rolou a dívida".
O suposto empréstimo foi feito em nome do então secretário particular de Collor, Cláudio Vieira. A Operação Uruguai foi apresentada pelo assessor durante a CPI do PC, em 1992, como uma das fontes financeiras do ex-presidente.
Na época, a versão de Vieira foi contestada pelas investigações da imprensa e de parlamentares.
A Alfa Trading não apresentou os documentos originais da operação. A Receita Federal concluiu que o empréstimo nunca existiu.
Cheques sem fundo
A empresa de táxi-aéreo Déo Thor moveu ação de execução de bens na 14ª Vara do Distrito Federal contra Cláudio Vieira.
O valor cobrado é R$ 883 mil. Corresponde a três cheques sem fundo emitidos por Vieira, mais correção monetária e juros.
Os cheques são da agência 3.129 do Banco do Brasil em Brasília. Deveriam ser resgatados no dia 20 de fevereiro para pagar um jato King Air da Déo Thor vendido a Vieira em outubro de 95.
A Telebrasília informou que o telefone de Cláudio Vieira mudou e que o novo número não pode ser fornecido.
O advogado Fernando Neves, que defende Vieira, não foi localizado ontem em Brasília.

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