São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Corinthians 'atropela' para bater Grêmio
SÉRGIO KRASELIS
Segundo o treinador, o time corintiano precisa ganhar confiança e assumir que tem condições de derrotar os gaúchos por 4 a 0, resultado que classifica a equipe para a semifinal da Taça Libertadores. Espinosa, que substituiu Eduardo Amorim, demitido após ver o Corinthians cair diante do Grêmio por 3 a 0, na última quarta-feira, afirmou ontem que o time precisa "atropelar o tempo". Segundo ele, isso significa pular etapas, como o período de entrosamento entre técnico e jogadores. "Tenho poucos dias para armar a equipe e lutar contra um time que está junto há três anos", disse Espinosa, ao analisar sua missão diante do adversário. Espinosa fez a análise antes de o Corinthians viajar para Atibaia, no interior paulista, onde fica concentrado até quinta-feira para os treinos preparatórios para o jogo. O técnico acredita que o Corinthians pode bater os gaúchos se "correr organizado e pensado". "Devemos atacar sem abrir nossa defesa. O gol vai ser uma consequência", disse Espinosa. Para Marcelinho, artilheiro do time no Paulista, com 18 gols, esta vai ser a "semana de ouro". "Agora, é matar ou matar. Precisamos trabalhar a parte psicológica, treinar muito e acreditar ao máximo que podemos vencer o Grêmio", afirmou o jogador. A euforia das palavras de Marcelinho contrastava com o semblante do jogador. A exemplo dos companheiros, tinha o ar cabisbaixo e deu entrevista da janela do ônibus que levaria a equipe para Atibaia. Um gesto pouco comum do jogador, que costuma ser o mais brincalhão da equipe, mas que admitiu ter refletido "nas últimas horas" no momento atual do time. "Fiquei pensando muito e cheguei à conclusão que atingimos o limite de uma situação. Temos que fazer alguma coisa diferente para sairmos dessa", afirmou. Para Marcelinho, que trabalhou com Valdir Espinosa no Flamengo, a chegada do treinador pode reverter o quadro atual em que o time se encontra. "Ele é cobra criada e também fala a nossa língua. E sabe que tem pela frente um jogo muito difícil", disse. Para Espinosa, não existe nenhuma novidade no confronto. "Não há nada de novo nisso. A única novidade que vi no futebol, nos últimos tempos, foi a defesa que o Higuita fez com os pés no estádio de Wembley", brincou o treinador. Texto Anterior: Clube traz Adriano e quer mais 'europeus' Próximo Texto: Atletas querem tranquilidade Índice |
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