São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
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Capim Fino alcança média de R$ 7.000

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da boa liquidez o mercado de leilões de cavalos de raça atravessa um período de "vacas magras". As médias alcançadas agora são muito inferiores às de três anos atrás, por exemplo.
O renomado Invitational, promovido pelo selecionador paulista Paulo Roberto Levy, no último sábado, em Jaguariúna (SP), obteve cotação média de R$ 7.000 com a venda de 48 puros-sangue árabe e uma quota do garanhão Alladin Echo.
Em 1993, no Palace, a média chegou a alcançar US$ 17,1 mil.
"Enquanto persistirem a recessão e os juros altos, o mercado de cavalos de raça continuará deprimido", afirma Levy, que é o mais premiado selecionador brasileiro de puro-sangue árabe e exportador da raça para países como EUA, Argentina, Uruguai e Chile.
Segundo Levy, tudo que representa patrimônio hoje está desvalorizando.
"É muito cavalo e vem mostrar que o mercado está ativo, ou seja, as pessoas continuam dispostas a comprar", diz Levy.
Este ano, ele transferiu seu leilão das requintadas casas noturnas de São Paulo para a tranquilidade de seu haras, o Capim Fino.
Pelo menos 600 pessoas lá estiveram. "Recebi visitantes de todo o país, o que demonstra o acerto da mudança de local", diz Levy.
Segundo ele, criadores norte-americanos, argentinos, uruguaios e chilenos chegaram a adquirir animais em seu pregão.
O maior preço do remate foi desembolsado na égua Malika Cielo. Ela foi comprada por Júlio Campos, ex-governador e atual senador pelo Mato Grosso, por R$ 33 mil.
Campos vai pagá-la em 15 parcelas mensais e sem juros. Três delas foram quitadas no ato.
Uma cobertura de Maximiliano, garanhão importado dos EUA, saiu por R$ 28,5 mil.
A égua Yenta, cotada para receber um dos maiores preços do leilão, não emplacou o esperado. Foi adquirida por apenas R$ 6.000.

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