São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Tucano propõe fim de 3 contribuições Segundo Kandir, CPMF seria desnecessária JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O projeto de lei complementar do tucano é mais uma iniciativa da base parlamentar pró-FHC que substitui, em parte, a emenda da reforma tributária do governo, emperrada no Congresso. O próprio Kandir já apresentara outro projeto de lei complementar alterando critérios de cobrança do ICMS. Na ocasião, ele contou com o apoio do governo. Dessa vez, diz ter agido sem consulta prévia. A apresentação de projetos de lei é uma saída para a previsão de que o governo não terá tempo para aprovar outras reformas constitucionais além das da Previdência e da administrativa. A Contribuição sobre o Lucro Bruto (CLB) proposta por Kandir institui uma alíquota única de 16,5% sobre a diferença entre a receita mensal da empresa e seus custos de produção. O projeto admite descontar do valor a ser pago gastos com mão-de-obra e encargos sociais que não tenham sido computados nos custos de produção. Hoje, as empresas pagam 10% de Contribuição Social sobre Lucro Líquido, 0,65% sobre o faturamento pelo PIS/Pasep e 2% sobre o faturamento pela Cofins. Essas alíquotas seriam englobadas pela CLB. A simplificação do pagamento e a redução do "efeito cascata" (cobrança cumulativa de impostos ao longo da cadeia produtiva) são duas, segundo Kandir, vantagens da proposta. Pelos cálculos do deputado, a nova contribuição arrecadaria R$ 36 bilhões por ano. PIS/Pasep, Cofins e CSLL recolhem cerca de R$ 30 bilhões/ano. Essa diferença de R$ 6 bilhões é que, diz Kandir, torna desnecessária a CPMF. Com uma alíquota de 0,25% sobre cada operação bancária, a CPMF arrecadaria cerca de R$ 6 bilhões. Texto Anterior: PFL se declara contrário ao imposto do cheque Próximo Texto: Justiça arresta bens de diretores do banco Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |