São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996 |
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Maluf vai apresentar Celso Pitta ao PFL
CARLOS EDUARDO ALVES
PPB e PFL estão com coligação praticamente fechada para a eleição paulistana. A ida a Brasília é parte da estratégia de Maluf para não melindrar o PFL nacional, de tradicional aversão ao malufismo. O anúncio da adesão do PFL à candidatura Pitta está marcado para a próxima sexta-feira. A reunião de Pitta em Brasília foi agendada entre Maluf e Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL e, no início das conversações entre os dois partidos sobre sucessão paulistana, a principal esperança do PSDB de barrar o ímpeto malufista de Antônio Cabrera, presidente do PFL paulista. Maluf, cuja prioridade no atual estágio da campanha era assegurar o acordo com o PFL, aproximou-se do ex-inimigo já sabendo do cerco que os tucanos fariam para contar com o tempo que o PFL terá no horário gratuito de TV. Ontem mesmo, emissários tucanos pediram a Cabrera que adiasse o anúncio do apoio a Pitta. A manobra tenta ganhar tempo para que a sonhada candidatura do ministro José Serra possa ser analisada pelo PFL. É improvável, porém, que a maioria que hoje está com Pitta aceite a postergação. Mesmo que isso ocorra, o candidato do malufismo em São Paulo mantém o favoritismo para ficar com o tempo de TV do PFL. Em troca, o PPB oferece ao PFL a candidatura a vice-prefeito na chapa que será encabeçada por Pitta e o apoio de Maluf a candidatos do partido em cidades importantes do interior paulista. Serra Apesar dos repetidos desmentidos de Serra sobre sua disposição de disputar a sucessão de Maluf, o PSDB de São Paulo acredita que o ministro é a única opção para escapar de um vexame eleitoral. Todas as articulações dos pré-candidatos tucanos a prefeito estão paradas. A única movimentação ontem do PSDB foi pressionar Cabrera para adiar o anúncio do aval a Pitta. A análise no partido é que, se Serra não entrar mesmo no páreo, quem for o candidato tucano enfrentará para sempre o estigma de "escolha de segunda mão", ou seja, não entusiasmará a legenda. Fora O senador Romeu Tuma (PSL) já está comunicando a amigos que não será candidato em outubro. A chance de Tuma minguou depois que a última pesquisa Datafolha apontou uma rejeição de 36% do eleitorado ao eventual candidato. Texto Anterior: Proer gera retorno Próximo Texto: PT vai ao STF contra lei pró-cassados Índice |
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