São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996 |
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Empresas justificam reajuste com custo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As empresas de saúde privada apresentaram ontem ao governo números que indicariam aumento de 18,22% a 36% nos seus custos.Para as empresas, essa variação de custos justifica os recentes aumentos nas mensalidades -que segundo a SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça) seriam de 40%. O aumento de custos apresentados pelas empresas é diferente para cada setor de saúde privada. A Abramge (Associação Brasileira de Empresas de Medicina de Grupo), entidade dos planos de saúde, afirma que os custos subiram entre 26% e 32%. Já a Abrasp (Associação Brasileira de Serviços de Assistência à Saúde Próprios de Empresas), que reúne os planos de saúde mantidos por empresas para seus próprios funcionários, sustenta que seu aumento de custos foi de até 25%. Em vez de se reunir com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Justiça, Bolivar Moura Rocha, como estava marcado, os representantes das empresas acabaram discutindo os números com os técnicos da SDE. A Folha apurou que, para Bolivar, são remotas as chances de acordo com as empresas para elas recuarem nos aumentos. Por isso, ao lado das negociações, a questão deverá também ser tratada com base nas leis de defesa da concorrência e do consumidor. Segundo nota da SDE, também foi discutida na reunião a necessidade de ampliação da cobertura de serviços médicos e hospitalares para "situações que não estão previstas nos contratos". Foi marcada nova reunião entre a SDE e os representantes das empresas para a próxima terça-feira. Autuações Ontem, o Procon do Distrito Federal notificou as empresas Blue Life e a Unimed para que expliquem, em 24 horas, supostos reajustes nas mensalidades nos planos de saúde que chegariam a 120% e 200%, respectivamente. Anteontem, a Golden Cross foi autuada por suposto aumento das mensalidades antes de completar 12 meses do último reajuste. A empresa também deve justificar em 24 horas supostos aumentos entre 38% e 53%. No caso da Blue Life, os aumentos seriam entre 37,6% e 120%. A Unimed teria reajustado seus planos entre 100% e 200%. Outro lado O diretor-executivo da Unimed de Brasília, Antônio Augusto Barbosa, disse que as notificações se referem a outras cooperativas. A Golden Cross informou ontem por meio de nota que os aumentos aplicados foram de 39%. Segundo a empresa, os custos do setor saúde subiram acima da inflação média pelo IPC. A direção da Blue Life não foi localizada para falar sobre o tema. Texto Anterior: Gráficas querem salvaguardas Próximo Texto: Confab lucra R$ 2,9 mi no trimestre; Seguradoras têm bons resultados em 95; Custo do resseguro deve diminuir 30%; Unioncorp lança seguro para locação Índice |
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