São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996 |
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Márcio Santos quer jogar
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Quero mostrar que a contusão faz parte do passado." * Folha - Você está preparado para jogar a final? Márcio Santos - Estou. Quero jogar pelo menos meia hora, nem que seja para entrar no segundo tempo, e mostrar que a contusão faz parte do passado. Depois de tanto tempo fora, chegou a hora de provar meu valor para a torcida do Ajax. E, como o time tem sérios problemas na defesa, minhas chances de começar jogando são ainda maiores. Além de termos jogador suspenso no setor, o Frank e o Ronald de Boer estão se recuperando de contusão. Folha - O fato de o Ajax ter quatro estrangeiros (Kanu e Finidi, da Nigéria, e Litmanen, da Finlândia) não te preocupa? Márcio Santos - A princípio não, mas eu acabei levando desvantagem em relação a eles por ter me machucado (em outubro de 95, em amistoso da seleção brasileira). Folha - Você está 100% fisicamente? Márcio Santos - Estou e até já avisei o Zagallo. Tenho acompanhado a seleção olímpica e meu sonho seria jogar em Atlanta. Como a equipe não foi bem na defesa, espero uma chance até a última hora. Folha - Quantos jogos você disputou pelo Ajax em 96? Márcio Santos - Apenas um jogo inteiro, porque só voltei a jogar no começo de abril. Mas quando joguei, fui considerado o melhor em campo. Desde o início de abril atuei algumas vezes no time B. Folha - Sem falar holandês, como você se comunica com os jogadores em campo ou entende as preleções do treinador? Márcio Santos - É um problema sério. Como passei duas temporadas no Bordeaux, da França, e uma na Fiorentina, da Itália, dá para me virar em francês e em italiano. Mas nas preleções do treinador, só mesmo com intérprete. O jeito é aprender inglês. Folha - E a saudade do Brasil? Márcio Santos - É grande, mas trouxe meu irmão e a namorada dele para morarem comigo. Texto Anterior: Técnico do Ajax quer atuação de amistoso Próximo Texto: Brasileiro-96 terá 24 times e 2 fases Índice |
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