São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 1996
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Investigação aponta Farah suspeito de lesar fundo

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, é suspeito do crime de apropriação indébita dos recursos do Fundo de Auxílio e Pecúlio ao Árbitro de Futebol.
A conclusão faz parte do relatório do investigador Thompson Mário Galvão, do 5º Distrito Policial (Aclimação), encarregado de apurar as denúncias de má administração do dinheiro do fundo.
Farah, no entanto, afirma que o fundo continua existindo -apenas parou de ser recolhido este ano- e que totaliza hoje R$ 483.943,07, como consta em documento interno da FPF que o presidente exibiu ontem à Folha.
Esse é o valor apurado até 31 de dezembro último. Não inclui os ganhos da aplicação financeira dos recursos em 95, o que deve elevar o total para cerca de R$ 600 mil.
O fundo foi criado em 91, para socorrer árbitros em casos de tratamentos de saúde decorrentes de doenças graves e acidentes, custear funerais em casos de morte e pagar a juízes que ganhassem causas trabalhistas contra a FPF.
Os recursos viriam da retenção de 1% das rendas de todos os jogos da primeira e segunda divisões do Campeonato Paulista (atuais Séries A-1 e A-2).
No ano passado, por meio da resolução 28/95, de 11 de agosto, Farah extinguiu o fundo, e, segundo Galvão, o dinheiro desapareceu.
Os balanços da FPF nos últimos anos não especificam os valores depositados no fundo. De acordo com Farah, o fundo está incluído no item "recursos de terceiros".
"O dinheiro pertence aos clubes, porque vem das rendas. Mas isso não significa que vamos devolvê-lo aos clubes. Talvez continuemos ajudando os árbitros até que o fundo se extinga", disse ele.

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