São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Outro alvo
NELSON DE SÁ
- E vamos àquela famosa pergunta do Kennedy: O que é que nós estamos fazendo pelo Brasil? Confundiu-se, mas a imagem ficou: Não pergunte ao Brasil o que ele pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo Brasil. Mais as indiretas: - Não estou aqui para dizer: É o Congresso. Não! O Congresso tem os seus limites de absorção de tantas transformações. Estava registrado: É o Congresso. E foram todos em marcha, em ônibus, a maioria, até o Congresso. Por coincidência ou não, acompanharam o que foi, possivelmente, a maior derrota, até o momento, nas reformas. Certamente, uma derrota já prevista por FHC, ao falar aos empresários. A emenda da Previdência evaporou, com o fim do fim dos privilégios dos servidores públicos, dos professores universitários e dos servidores aposentados. Não sobrou muito, e as redes já traziam especulações sobre o completo abandono da reforma. E aconteceu tudo diante dos milhares de empresários -que foram a Brasília atacar os juros altos e se viram, inesperadamente, velhos aliados do governo FHC na defesa das reformas. Na sequência de manchetes do Jornal Nacional: - A caravana de empresários cobra rapidez na mudança da Constituição. - O presidente Fernando Henrique pede apoio e garante que reformas vão sair. Entra FHC, "o governo tem essa determinação, e não vai ceder nada! E vamos fazer as reformas!" - Mas a Câmara mutila o projeto da Previdência Social e aposentadoria quase não vai mudar. E-mail nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: Senado muda composição de conselho Próximo Texto: Planalto critica "minorias" do Congresso Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |