São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 1996
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Inglês diz que solucionou a fraude do "elo perdido"

DO "THE INDEPENDENT"

Uma das maiores fraudes científicas do século parece ter sido resolvida. Brian Gardiner, paleontólogo do King's College em Londres, afirmou ontem ter descoberto o autor da fraude de Piltdown.
O "homem de Piltdown", crânio humano "descoberto" em 1912, arruinou a reputação de Arthur Woodward, chefe de paleontologia do Museu de História Natural de Londres, que até o fim da vida defendeu a autenticidade do fóssil.
Durante anos, cientistas acreditaram que o crânio, que misturava perfeitamente características humanas e símias, era o "elo perdido" da história evolutiva humana.
Em 1953, cinco anos após a morte de Woodward, descobriu-se que as diferentes partes haviam sido "coladas" para que o fóssil parecesse o de um homem-macaco.
Gardiner descobriu uma valise que continha dentes humanos, os quais foram manchados como os dos fósseis, para que parecessem antigos. O dono da valise era o curador de zoologia do museu na época da fraude, Martin Hinton.
"Estou 100% certo de que foi ele, que era conhecido como um grande gozador", disse Gardiner.
Cientistas chegaram a especular que o teólogo Teilhard de Chardin (1881-1955) e Arthur Conan Doyle (1859-1930), criador de Sherlock Homes, fossem os autores.

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