São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996 |
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FHC intacto
NELSON DE SÁ
"A maioria não pode ficar submetida à minoria", disse Luiz Carlos Santos na Globo. José Aníbal, na CBN, disse que "o regimento permite a vitória da minoria". "O regimento é absurdo", disse Luís Eduardo Magalhães na Globo e Manchete. "A maioria já ganhou quatro vezes essa votação, perdeu ontem. Os líderes hoje têm consciência da necessidade de mudanças." Mudanças no regimento. Era a reação. Mas sempre tem alguém para entregar, neste governo. Ontem foi o ministro da Administração. Ele declarou à Manchete que FHC, mesmo com a derrota, pode governar. Chegou a dizer: - A possibilidade do presidente Fernando Henrique governar está intacta. Se ministro precisa dizer que o presidente governa é porque muito de seu poder, dele, FHC, já se foi. Suspense Semanas atrás, ouvido na Bandeirantes sobre a demora na escolha do candidato, Mário Covas disse que definir o nome tem como efeito sumir com ele da cobertura. No momento, foi piada. Mas tantas cerimônias com José Serra indicam que o governador acredita no que diz. E age de acordo. Ontem, segundo a CBN, "Covas fez um apelo para que Serra mude de idéia e saia candidato". E ele "não disse nem sim nem não". Nem precisava. A Globo cobriu extensamente a liberação de R$ 134 milhões para obras de abastecimento e despoluição do Tietê. Outro dia, em cerimônia igual, foi meio milhão para o Metrô. Segundo a Globo, "todo mundo queria saber se será candidato. E ele, nada. Disse que veio tratar dos recursos hídricos". Querem vencer com suspense, e milhões. E-mail nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: Nos EUA, projetos restringem produtos Índice |
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