São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996 |
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Vantagem de servidor pode sofrer corte
MARTA SALOMON
Diante da resistência do Congresso em cortar o que o governo chama de "privilégios", FHC pediu estudo de medidas que reduzam o custo das aposentadorias no setor público, que consomem cerca de 40% da folha de pagamentos. Vantagens como o percentual de produtividade oferecido ao servidor da ativa e automaticamente repassado atualmente aos aposentados estão com os dias contados. A medida não precisa de aval do Congresso e pode sair por decreto. A reação do governo à derrota de anteontem não prevê retaliações aos parlamentares infiéis. FHC vai tentar contar com parte dos dissidentes de anteontem nos futuros testes que a reforma da Previdência ainda terá pela frente. A palavra de ordem é avançar, ao máximo, no corte de "privilégios" nas aposentadorias dos servidores. "Não posso ficar ressentido com uma coisa que faz parte do jogo democrático", disse o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos). O maior pesadelo que o governo enfrenta na base de apoio político atende pelo nome de eleições. Foram 12 os deputados mineiros da base governista que ficaram contra o governo ontem esperando por vantagens à empreiteira Mendes Júnior. Seis deputados do Acre de partidos aliados usaram seus votos para pressionar a indicação do novo superintendente do Incra no Estado. Eles não terão os pedidos atendidos para mudar de voto. No caso do Acre, a decisão caberá ao ministro de Política Fundiária, Raul Jungmann. Os mineiros vão ter de esperar pela discussão técnica do caso da empreiteira. A estratégia traçada por FHC não levou em conta a hipótese de retirada da emenda da Previdência do Congresso. O presidente optou por investir na mudança de regras internas da Câmara. LEIA MAIS sobre a reforma da Previdência às págs. 1-6 e 1-11 Texto Anterior: Governo vai tentar mudar regras para obter vitória Próximo Texto: Senadores discutem mudanças Índice |
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