São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996
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Banco de SP é o melhor do país

DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancos de sangue no Estado de São Paulo são os melhores do país. O trabalho realizado na Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo, que atende 95% da rede pública, já foi até citado como referência mundial pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, Milton Flávio Marques Lautenschlager, 48, afirma que os bancos de sangue do Estado oferecem um serviço excelente. "É um sistema bem organizado", diz.
Segundo ele, a ampla fiscalização e os rígidos critérios de qualidade são comparáveis aos serviços oferecidos em países desenvolvidos.
A OMS considerou o controle feito pela Fundação Pró-Sangue um dos mais eficientes do mundo. A entidade adotou o programa de qualidade há dois anos, após o surgimento de casos de "falso negativo" (quando o teste não aponta o vírus que está presente).
A Fundação recebe 700 doadores por dia e atende 270 clínicas e hospitais conveniados na Grande São Paulo. "Fazemos 14 testes para diminuir o risco de contaminação para o receptor", diz o chefe da divisão de medicina transfusional da Fundação, Marcelo Cliquet, 34.
Santos
Em Santos (SP), cidade que durante anos liderou o ranking nacional de portadores do vírus HIV, o controle na distribuição de sangue para transfusões é feito em visitas diárias da Vigilância Epidemiológica aos bancos de sangue, segundo a prefeitura.
"Em Santos temos uma boa qualidade de sangue. A cidade enfrentou a epidemia e hoje controla o sangue por meio de uma triagem muito rigorosa", diz a coordenadora-geral do Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids) na Baixada Santista, Nanci Alonso.
Em 86, constatou-se que 6,7% dos infectados pelo vírus HIV contraíram a doença por meio de transfusões. Em 95, segundo dados enviados pela prefeitura santista ao Ministério da Saúde, esse índice caiu para 0,6%.
Desde 91, segundo a mesma fonte, menos de 0,5% dos infectados em transfusões de sangue eram hemofílicos. "O trabalho da Vigilância Epidemiológica e dos bancos de sangue locais foi fundamental para a queda na incidência de Aids em Santos", diz o coordenador do programa de doenças sexualmente transmissíveis e Aids da prefeitura, Vanderjacson de Andrade.

Colaborou a Agência Folha

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