São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996
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Dornelles diz que ministério não é "hospital de empresas"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Francisco Dornelles (Indústria, Comércio e Turismo) reagiu ontem contra a pressão que vem sofrendo de industriais que se consideram prejudicados pela concorrência de produtos importados.
Também afirmou que seu ministério "não é hospital de empresa". Referiu-se às companhias que solicitam medidas governamentais, em vez de aperfeiçoarem procedimentos gerenciais e de produção.
"Não adianta os empresários procurarem o ministro para pedir que ele tome medidas 'antidumping' ou de salvaguarda", afirmou Dornelles, que não revelou os nomes das empresas que o assediam.
Segundo Dornelles, os empresários que se considerarem lesados pela importação devem recorrer ao decreto 1.488, que permite a adoção imediata de salvaguardas quando há prejuízo comprovado.
Esse foi o caminho percorrido pelas indústrias têxteis da região de Americana, no interior de São Paulo -justamente os que mais se favoreceram com a portaria publicada ontem.
O processo -que reuniu a comprovação dos danos sofridos na geração de empregos, uso da capacidade instalada e na colocação de produtos no mercado- demorou cerca de 120 dias até a assinatura da portaria que impõe cotas à importação de produtos de países asiáticos e do Panamá, divulgada ontem.

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