São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996 |
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Disputa deve ser voto a voto
CLÓVIS ROSSI
O analista de estratégia Haim Assa apresentou documento reservado ao comando do partido informando que uma análise cuidadosa de todas as pesquisas indica que há, na verdade, um virtual empate entre Peres e Netanyahu, do conservador Likud. Com isso, Assa concorda com o próprio "Bibi" (como Netanyahu é mais conhecido), que prevê uma definição por "centenas de votos apenas, no máximo alguns milhares". Em todo o caso, não é o que diz a nova bateria de pesquisas ontem divulgada pela mídia israelense. Nelas, Peres aparece com uma vantagem que varia de quatro a sete pontos percentuais sobre "Bibi". Uma indicação de que os trabalhistas não confiam tanto assim nessa suposta vantagem é dada pela forte mobilização preparada para o dia da eleição, a próxima quarta-feira. O partido gastará 5 milhões de sheckels, moeda israelense (equivalente a cerca de R$ 1,6 milhão), para pôr na rua 50 mil ativistas. Como o eleitorado israelense não vai além de 3,9 milhões, equivaleria, no Brasil, a mais de 1 milhão de militantes fazendo boca de urna para um só partido. Pelos cálculos do QG de campanha trabalhista, essa mobilização, se de fato ocorrer, será capaz de atrair para Peres uns dois pontos percentuais a mais de votos. É a mais clara indicação de que a disputa se dará voto a voto em Israel. Nesse cenário, é previsível que a eleição se decida a partir do desenlace do debate entre Peres e "Bibi", acertado, após longas negociações, para o domingo. Durará 30 minutos e os dois não trocarão palavras. Apenas responderão a perguntas do moderador. O debate será gravado no domingo pela manhã, para ir ao ar à noite, a partir de 20h30 (14h30 em Brasília), pelos dois canais da televisão israelense. (CR) Texto Anterior: Arafat revela plano para matá-lo Próximo Texto: GIA diz ter degolado 7 monges franceses Índice |
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