São Paulo, sexta-feira, 24 de maio de 1996
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Reforma agrária; Votos para o futuro; Sem excessos; Fábula moderna; Salário insuficiente; Internet

Reforma agrária
"Cumpro o dever de parabenizar a Folha pelo editorial de primeira página 'Pela Reforma Agrária' (21/5).
O texto, além de tratar com fidelidade um tema de extrema relevância e crucial para o país, apresenta soluções perfeitamente factíveis -na sua maioria não-abordadas pelos nossos formuladores de políticas públicas-, com as quais concordo em plenitude."
Paulo Lima, deputado federal pelo PFL-SP (Brasília, DF)
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"Gostaria de cumprimentá-los pela competência mostrada no editorial 'Pela Reforma Agrária'.
É objetivo, oferece uma solução que foca a realidade, isto é, um Estado falido, alvo de ações inescrupulosas de picaretas que normalmente vendem terras a preços exorbitantes ao Incra e que, por falta de recursos, acaba doando essas terras a migrantes despreparados que as revendem e voltam para os subúrbios das grandes cidades, onde vivem à margem das atividades produtivas.
Num mundo globalizado, produzir alimentos requer tecnologia e competência. Se o custo da terra baixasse com um ITR caro, a atratividade da terra para empresários preparados atrairia novos investimentos produtivos, gerando empregos e renda no campo.
A reforma agrária, como temos visto desde o governo Sarney, é mais um negócio de elites cuja eficiência é nula; prato feito para a obsoleta luta ideológica entre estatólatras e conservadores que só têm levado o Brasil à pobreza e ao atraso."
Igor Cornelsen (São Paulo, SP)
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"A propósito do editorial 'Pela reforma agrária', tenho a comentar o seguinte: bravo! avante! Aposto que agora o governo tremeu nas bases. O FHC deve estar se mijando todo.
Cuidado, hein, assim vocês acabam sendo presos. Por via das dúvidas, sugiro que o editorialista, para evitar a prisão iminente, passe a circular pela Folha disfarçado de mulher. E só volte a se vestir de homem quando a reforma agrária for realizada."
Francisco Duarte (Curitiba, PR)

Votos para o futuro
"Queremos cumprimentar José Sarney por seu artigo 'Globalização e direitos humanos', em que saúda o Programa Nacional de Direitos Humanos como um importante avanço.
Temos certeza de que o presidente do Senado, com a autoridade moral de quem subscreveu o Tratado de São José, a Convenção Americana de Direitos Humanos e a Convenção contra a Tortura, fará todos os esforços para a aprovação no Congresso das propostas de lei previstas no programa, como a transferência da competência para julgar crimes comuns de policiais militares da Justiça Militar para a Justiça Civil.
Temos grande esperança de que Sarney venha a instalar a Comissão de Direitos Humanos do Senado para que essa Casa possa contribuir para a construção dos direitos humanos."
Paulo Sérgio Pinheiro, professor de ciência política e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Sem excessos
"Oportuno o editorial de 16/5 'Greve irresponsável'. Não dá mais pra tolerar que a população seja sempre sacrificada em benefício (?!) de categorias que só existem porque foram criadas para servi-la.
Sugiro que a Folha transforme em bandeira a luta contra esse tipo de comportamento sindical que virou uma rotina cruel e sacana para quem depende dos serviços públicos.
Defendo o direito de greve como defendo o direito de ir e vir, de trabalhar, de sobreviver com dignidade.
Alguém precisa fazer alguma coisa!
Chega de excessos, seja de quem for!"
Dante Mattiussi, diretor editorial da revista "Imprensa" (São Paulo, SP)

Fábula moderna
"Chega a ser cômico o fato de o presidente da República ter se mostrado surpreso com o voto de parte de seus 'aliados' no Congresso, por terem votado contra a reforma da Previdência.
Mas não foi ele mesmo quem contratou os mais famintos cabritos para tomar conta de sua plantação de alface? E no dia seguinte, ao encontrar tudo devastado, ainda lamentou: 'Mas esses cabritos me juraram terem sido a vida toda carnívoros!"'
Gilberto Rios (São Paulo, SP)

Salário insuficiente
"Gostaria de saber deste jornal ou do responsável pelo 'Painel do Leitor' ou ainda do Sólon Borges dos Reis se acham que é suficiente para um professor que trabalha 40 horas semanais, com formação superior, concursado, no final de sua carreira, receber um salário de R$ 1.225,72 mais abono de R$ 40.
Já que publicaram a resposta do secretário municipal da Educação é porque devem achar ótimo esse salário; o sr. Sólon Borges dos Reis também deve achar, já que resolveu responder ao representante da nossa categoria.
Mas, infelizmente, devo informar que nunca um professor municipal ganhou tão pouco, e a falta de professores hoje na rede municipal é preocupante.
Sugiro que o secretário municipal vá dar aulas por esse salário."
Adriana P. Corinaldesi (São Paulo, SP)

Internet
"Excelente o caderno dedicado à Internet.
Nossos parabéns."
Mário Negreiros dos Anjos (Niterói, RJ)

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