São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Cadeias disputam mercado de US$ 7 bi

DE BUENOS AIRES

Mesmo com a recessão enfrentada pelo país depois da crise mexicana do final de 1994, o setor supermercadista da Argentina faturou cerca de US$ 7 bilhões no ano passado.
A queda nas vendas em relação a 1994, de 7%, foi bem inferior à registrada em outros setores, como no setor automobilístico (35%) ou de eletrodomésticos (35%).
Para 1996 as perspectivas são de crescimento próximo a 2%. Na briga pelo mercado, as sete principais cadeias devem investir neste ano cerca de US$ 450 milhões na abertura de novas lojas, segundo a empresa de consultoria Dun & Bradstreet.
Hipermercados
Com uma estratégia agressiva de mercado -preços baixos, grandes instalações e diluição de custos-, os chamados hipermercados (com vendas de mais de US$ 500 milhões) abocanharam 65% do faturamento do setor em 1995.
Os supermercados "médios", com faturamento anual de US$ 100 milhões a US$ 500 milhões, foram responsáveis por 23% das vendas.
Já os supermercados "pequenos" (faturamento inferior a US$ 100 milhões) conquistaram apenas 12% do mercado.
Os gigantes do setor são as multinacionais Carrefour, Jumbo e Wal-Mart, além das redes locais Coto e Norte.
A cadeia Carrefour, de 13 hipermercados (vendas de US$ 1,45 bilhão no ano passado), planeja investir US$ 105 milhões na abertura de duas lojas em Rosário e Mendoza.
A Wal-Mart acaba de instalar sua segunda loja na região metropolitana de Buenos Aires, e prevê abrir outras duas até o final do ano.
Durante a inauguração da loja, há duas semanas, o presidente da divisão internacional da Wal-Mart, Bob Martin, foi questionado sobre a venda de produtos abaixo do custo. "Faz parte da batalha para ser líder de preços no mercado", afirmou.
No Brasil, a Wal-Mart também entrou com uma política de preços agressiva.

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