São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Técnico pede sacrifício a 'olímpicos'

Atletas devem perder folgas

SÉRGIO KRASELIS
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

O técnico José Roberto Guimarães pediu ontem aos jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei uma "cota de sacrifício" maior.
O time, que venceu o primeiro jogo contra a Argentina, no sábado à noite, por 3 sets a 2 (15/10, 15/13, 8/15, 12/15 e 19/17), deve ter diminuídas suas folgas após as partidas da Liga Mundial.
Atletas e comissão técnica se reuniram durante 20 minutos, ontem de manhã, após o treino em um ginásio de Buenos Aires.
Na preleção aos jogadores, Zé Roberto pregou que o momento atual exige que todos abram mão de atividades extraquadra e se dediquem ao máximo à seleção.
"Antes de disputarmos a Olimpíada de Barcelona tivemos cinco semanas e meia de treinamento. Agora teremos apenas duas semanas e meia entre a Liga e Atlanta. Isso significa mais sacrifício para todos", afirmou o técnico.
Na reunião de ontem, alguns jogadores pediram para que fosse antecipado o vôo de volta ao Brasil, às 12h30, para o das 7h40.
Segundo os atletas, eles teriam mais tempo para ficar com seus familiares até a reapresentação, que acontece na quarta-feira.
Os atletas teriam uma resposta sobre isso ao final do segundo jogo com a Argentina, que terminou após o fechamento desta edição.
Folgas
Segundo Zé Roberto, as folgas às terças-feiras, que estão acontecendo devido à participação na Liga Mundial, podem ser canceladas.
"O tempo é curto, e precisamos dar prioridade à nossa preparação física", afirmou o técnico.
Zé Roberto disse que, nesta semana, o trabalho principal da seleção vai ser a correção das falhas exibidas contra a Argentina, especialmente no bloqueio.
Em sua avaliação, para se aproximar da Itália e Holanda, favoritas ao ouro, o time brasileiro precisa aprimorar seu sistema defensivo.
"Concentração é a palavra-chave", avisou o treinador.
Para Zé Roberto, a seleção brasileira tem melhorado, mas "ainda falta muito" para se atingir o nível do time de 92.
"Naquele ano, tínhamos uma equipe com jogadores mais especialistas. Hoje temos um time novo e versátil. Só nos falta encontrar um padrão de jogo", diz o técnico.
Segundo Zé Roberto, a irregularidade que a equipe tem exibido na Liga Mundial o deixa preocupado.
"O time de Barcelona não tinha essa inconstância. E hoje estou muito mais exigente do que em Barcelona quanto aos fundamentos e à disciplina tática. Temos que manter a pressão para acabar com essa oscilação."

O jornalista Sérgio Kraselis viaja a convite da Confederação Brasileira de Vôlei

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