São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Lei seca e comida insossa prevalecem na Califórnia

Seguranças isolam o setor etílico dos bares de Riverside

BRUNO BLECHER
NA CALIFÓRNIA

Lei seca e comida insossa são os choques culturais que esperam o estudante brasileiro no Estado norte-americano da Califórnia.
Acostumado a cair na gandaia desde a adolescência, o brasileiro menor de 21 anos entra em "delirium tremens" ao saber que a lei americana o impede de beber um simples copo de cerveja.
Carimbo
Não tem "jeitinho" capaz de burlar a lei. A polícia é implacável, e a maioria dos bares proíbe a entrada de menores de 21 anos.
Quando aceitam, estampam na mão do infeliz um carimbo que o torna visível a qualquer barman da Califórnia.
Bares como o Barnes, instalado no campus da UCR (Universidade da Califórnia), em Riverside, chegam ao ponto de separar, com um cordão de isolamento, as áreas dos etílicos e dos não-etílicos.
A fronteira é fortemente vigiada por meia dúzia de "Stallones".
Gordura
Para os mais jovens, a culinária peso-pesado dos EUA -à base de bacon, ovos e cremes multicoloridos- não chega a ser problema.
Nos primeiros dias, atraída pelos cartazes irresistíveis das lojas de fast food e o baixo preço da comida, a maioria se entrega aos prazeres do hambúrguer. A overdose de gordura, porém, dura pouco.
Depois de alguns desarranjos intestinais, a garotada descobre nos supermercados uma dieta mais saudável, como os gigantescos e deliciosos morangos da Califórnia.

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