São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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Peixe graúdo; Mexendo com onça; Temporada de caça; Reengenharia oficial; Na ponta do lápis; Jogo de cena; Balcão semi-aberto; Choque eleitoral; Via sacra; Marketing habitacional; Porta-voz influente; A conferir; Juntando os cacos; Até que combinam; Ida sem volta; Visita à Folha

Peixe graúdo
O presidente do PMDB, Paes de Andrade (CE), entrou na lista de infiéis a serem punidos pelo Planalto. A ameaça é cancelar negócios entre órgãos do governo e a empresa de segurança e vigilância do genro do deputado.

Mexendo com onça
Paes de Andrade, que é vítima da "operação geladeira", diz não ter negócios e nem intermediá-los junto ao governo. "Nunca reivindiquei e não tenho cargos. É até gratificante que eu permaneça no índex do Planalto."

Temporada de caça
O Planalto quer trabalhar com lista de 330 a 340 parlamentares fiéis. Em reunião hoje com Luiz Carlos Santos, líderes contabilizarão a nova base do governo. Acertarão também como serão os punidos os dissidentes.

Reengenharia oficial
"É mais seguro votar com 330 fiéis do que contar com uma base duvidosa de 400", diz o líder do PSDB, José Aníbal (SP). Se o governo está inseguro quanto à margem de votos em uma matéria, pode deixar de votá-la.

Na ponta do lápis
De 14 deputados tucanos que, por motivos políticos ou pessoais, deixaram de votar com o governo na semana passada, o líder José Aníbal acha que recuperará dez. Todos os outros líderes farão a mesma conta de chegada.

Jogo de cena
Um dos parlamentares vitimados pela "operação geladeira" diz não acreditar que o ministro Luiz Carlos Santos prossiga com punições. "Ele é muito sabido para isso. Seria miopia política".

Balcão semi-aberto
O Planalto não virou um convento de freiras. Atenderá os pedidos de parlamentares fiéis. Quer punir o que julga um grupo de irrecuperáveis. "Não adianta gastar vela com defunto ruim", diz um cacique governista.

Choque eleitoral
No cronograma do Planalto, a reforma da Previdência só volta à Câmara após a eleição de outubro. Espera-se clima mais propício após o julgamento das urnas.

Via sacra
O PNBE recebe amanhã o ministro Raul Jungmann (Política Fundiária), em São Paulo.

Marketing habitacional
O governador do Rio, Marcelo Alencar, visita amanhã, em São Paulo, o Projeto Cingapura. Serão, até dezembro, 20 mil moradias. Maluf, há quatro anos, prometeu seis vezes mais.

Porta-voz influente
Na "Festa do Divino", domingo, em Pirinópolis (GO), Sérgio Amaral foi cumprimentado por ajudar a obter verba para reformar a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Na obra, uma placa diz: "Patrocínio Eletrobrás".

A conferir
Prognóstico de Esperidião Amin, presidente do PPB: "Se não houver reeleição para FHC, o PFL apoiará Maluf em 98". O senador acredita que não existe outro tucano capaz de atrair a simpatia dos pefelistas.

Juntando os cacos
Teotônio Vilela Filho e Jorge Bornhausen discutem hoje o futuro da aliança PSDB-PFL. Está cada vez mais difícil os dois partidos se entenderem.

Até que combinam
Cabrera queria negociar sua permanência no governo de São Paulo. Mas não conseguiu. Covas poderia manter as aparências. Mas nem tentou. Foi ontem com casca e tudo a ruptura dos tucanos paulistas com o PFL.

Ida sem volta
Desabafo de Cabrera, já como ex-secretário da Agricultura, a um amigo pefelista: "O governador dinamitou a ponte e jogou o partido todo na oposição".

Visita à Folha
O presidente do PT, José Dirceu, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do secretário de Comunicação do PT, Gilberto Carvalho, e do assessor de imprensa, Marco Antônio Araújo.
*
O presidente da Mendes Jr. Participações S/A, J. Murillo Valle Mendes, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Sérgio Mendes e José Luiz Ladeira, diretores da empresa, e do advogado Ives Gandra Martins.

TIROTEIO
De Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP), sobre a ameaça de ser colocado na "geladeira":
- O governo não pode tratar parlamentares como alunos travessos. Acabará perdendo de novo na Previdência.

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