São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maior sequestrador do país é preso no Rio
CRISTINA RIGITANO
Nelsinho da Mineira seria o chefe da principal quadrilha de sequestradores do país, responsável por pelo menos 20 sequestros, entre eles o do estudante Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho e os dos empresários José Zeno, Antônio Queiroz Galvão (todos em 1995) e Roberto Medina (em 1990). "Nelsinho é o quarto sequestrador do Eduardo Eugênio preso. Praticamente desbaratamos a quadrilha", disse a delegada Márcia Julião, diretora da Divisão de Proteção à Criança e ao Adolescente. Os outros supostos sequestradores presos são: Paulo Porsino Peixoto, o Lube-Lube, Jorge Silveira dos Santos, o Jorginho Branco, presos pela DPCA, e Carlos Alberto Barros Firmo, o Caveirinha, preso semana passada pela PM, em Cabo Frio (litoral norte). Confirmação Nos depoimentos, todos os outros presos reconheceram Nelsinho como o líder do grupo. Os outros suspeitos de envolvimento no sequestro de Eduardo Eugênio são: Cláudio José Fontarigo, o Claudinho da Mineira, José Peixoto, o Peixotinho, um suposto traficante identificado como Baby, que seria dono dos pontos de venda de maconha no morro da Mangueira (zona norte), e Nelson Hilário, o Nelson Gambino, que seria responsável pelo fornecimento de armas para os sequestros. A polícia tinha informações de que Nelsinho passaria o fim-de-semana no morro da Mangueira. Desde meio-dia de sábado, dez policiais da DPCA cercavam a favela. Por volta de meia-noite, depois de passarem por um baile funk na favela, Nelsinho e Cláudio Luiz da Silva, o Ratinho, 20, que seria seu segurança, saíram da Mangueira em companhia de Renata Maia dos Santos, 20, e E., 16. Eles deixaram a favela em um Versailles Royale placa LAY 0309, roubado sábado, na Tijuca. Segundo a polícia, os quatro pretendiam dormir no Motel Hollyday, na Barra da Tijuca (zona sul), mas foram surpreendidos pelos policiais. Nelsinho e Ratinho, segundo a polícia, reagiram a tiros à voz de prisão e tentaram fugir. O carro bateu em um orelhão, na esquina das ruas General Rocca com Santo Afonso. Nelsinho foi baleado no pescoço e se rendeu. Ratinho roubou uma Parati e fugiu. Há dois meses Ratinho está foragido da prisão em que cumpria pena de nove anos, por roubo. Renata foi liberada de manhã e E. foi para Juizado de Menores. Nelsinho portava uma pistola calibre 45, uma granada e um celular. Ratinho tinha um AR-15. Texto Anterior: Barulho em obras do Colégio Militar incomoda os vizinhos Próximo Texto: Viciados ajudavam quadrilha Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |