São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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Camargo Corrêa ingressa na Usiminas

JACQUES CONSTANTINO

DA REPORTAGEM LOCAL

O Bozano Simonsen, que faz parte do grupo de controladores da empresa, decidiu se retirar da siderúrgica

A Camargo Corrêa S.A. vai investir R$ 65 milhões na compra de ações da Usiminas pertencentes a instituições financeiras, que estão se desligando da siderúrgica.
O Bozano, Simonsen, que faz parte do grupo de acionistas controladores da Usiminas, vai se desfazer do equivalente a 6,63% das ações da empresa.
O Bamerindus, com 2,35% das ações e o Econômico (6,63%) também decidiram se retirar da siderúrgica.
O BCN ofereceu metade de suas ações, o que equivale a 1,03% do capital ordinário da empresa.
"É natural a saída dos bancos, pois não têm tradição como investidores industriais", disse Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas.
Segundo ele, os bancos tiveram um papel importante na privatização e na adaptação da siderúrgica como empresa privada.
"Agora queremos uma participação de caráter permanente", disse Soares.
Londo prazo
O total das ações negociadas é de R$ 238 milhões, o que equivale a 15,72% do capital ordinário da Usiminas.
Parte das ações será passada a seis participantes do grupo de controladores da empresa, que exigiram seus direitos de preferência contidos no Acordo de Acionistas.
Soares afirmou que os japoneses da Nippon Usiminas exigiram dos acionistas brasileiros uma empresa com visão de longo prazo para substituir os bancos.
"A Camargo Corrêa, além desse perfil, tem experiência no setor industrial", disse Alcides Lopes Tápias, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa S.A.
A entrada da Camargo Corrêa pode servir para aumentar a utilização do aço na construção civil.

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