São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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Entidade veta Indy no Brasil em agosto

MAURO TAGLIAFERRI
ENVIADO ESPECIAL A BROOKLYN (EUA)

A IndyCar descartou a possibilidade de realizar a próxima corrida brasileira de Indy em agosto de 97. A data mais provável para a prova será 16 de março.
Os organizadores da corrida pediram o mês de agosto por dois motivos: afasta a possibilidade de chuva, comum em março, no Rio de Janeiro, e distancia a concorrência da F-1, que também acontece em março, em São Paulo.
A proposta, entretanto, foi negada neste final de semana. Hoje, os dirigentes e donos de equipes da Indy se reúnem em Detroit (EUA) para tratar do calendário de 97.
Ainda há uma esperança de a corrida do Rio acontecer entre abril e maio. O presidente da IndyCar, Andrew Craig, disse que quer aproveitar o mês de maio para realizar mais corridas.
"É uma grande oportunidade que temos agora para promover corridas. Queremos usar o mês todo, já que é uma época de tempo bom", afirmou ele.
Até o ano passado, o mês de maio ficava totalmente ocupado com os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Este ano, só houve uma prova em maio, a US 500.
Como a possibilidade de um acordo para que os carros da Indy voltem a Indianápolis está ficando mais remota, os dirigentes da categoria têm maio liberado.
Craig disse que está tudo certo para a Indy fazer uma prova no oval de Roger Penske em Fontana, Califórnia, em setembro de 97.
A US 500 continua no calendário de 97 e o circuito californiano é candidato a recebê-la. A IndyCar pode, porém, surpreender e levar a prova para outro circuito.
Outro plano é promover uma espécie de "tríplice coroa" de provas de 500 Milhas, as quais seriam a US 500, as 500 Milhas de Michigan e a corrida em Fontana.
O anúncio do calendário da Indy ocorre, tradicionalmente, durante a corrida de Detroit, que acontece dia 9 de junho.
O mais provável é que o campeonato comece dia 2 de março, em Homestead, Flórida, partindo para o Brasil em seguida.
Quebras
A Cosworth descobriu a causa das constantes quebras de seus motores durante esta temporada. Só falta encontrar a solução.
Trata-se do gatilho que trabalha no gerenciamento de ignição e injeção de combustível no motor.
A fábrica, que constrói propulsores de competição com a subvenção da Ford, já produziu cinco versões diferentes da peça. Todas quebraram.
Na corrida passada, domingo, no oval de Michigan, sete motores Ford-Cosworth quebraram. Quatro deles, com certeza, devido ao tal gatilho: os de Christian Fittipaldi, Raul Boesel, Robby Gordon e Scott Pruett.

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